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Comércio acumula perda de R$ 124,7 bilhões em sete semanas

em Mercado
quarta-feira, 13 de maio de 2020

A CNC estima que a crise tem potencial para eliminar cerca de 2,4 milhões de postos formais de trabalho no setor. Foto: dcomercio.com/reprodução

De acordo com estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), as perdas diretas impostas ao comércio pela crise provocada pelo novo coronavírus chegaram a R$ 124,7 bilhões após sete semanas do surto da doença (de 15 de março a 2 de maio). O valor representa um encolhimento de 56% no faturamento do varejo, em relação ao período anterior ao início da pandemia.

A CNC estima, ainda, que a crise tem potencial para eliminar cerca de 2,4 milhões de postos formais de trabalho no setor, em um intervalo de até três meses. “A concretização desse cenário, no entanto, dependerá de como as empresas do setor vão reagir às medidas anunciadas pelo governo e, em última instância, à própria evolução da pandemia nas próximas semanas”, avalia o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

O economista da CNC responsável pelo trabalho, Fabio Bentes, explica que a intensificação de estratégias alternativas, como e-commerce, m-commerce, vendas por aplicativos de redes sociais, serviços de delivery e drive-thru, contribuiu para que as perdas se dessem de forma menos intensa. “Contudo, não foram suficientes para impedir o acúmulo de novos resultados negativos ao longo de todo o mês de abril”, pondera o economista.

Nas sete semanas encerradas no início de maio, as perdas mais expressivas se concentraram nos segmentos varejistas especializados na venda de itens não essenciais (R$ 111,61 bilhões). Já as vendas de alimentos e medicamentos, segmentos que respondem por 37% do varejo brasileiro, acumularam perdas de R$ 13,12 bilhões no período (Gecom/CNC).