Uma bela casa grande, com piscina e jardim, ou um ótimo apartamento em um condomínio com estrutura de clube? Ambos são tentadores e apresentam vantagens e desvantagens. Para elucidar estas dúvidas, o especialista em mercado imobiliário Rafael Scodelario (*) apresenta pontos fortes e fracos destas opções. De acordo com ele, há um grande movimento de mudança devido à pandemia. “As pessoas estão buscando imóveis maiores pela necessidade de montar escritório em casa e passarem mais tempo nela”, explica.
Em termos de custos, a casa não tem condomínio, quando falamos das casas de rua. Ainda oferece mais liberdade e privacidade aos moradores. “Casas costumam tem uma metragem maior, além disso, não há áreas compartilhadas, como ocorrem nos condomínios, o que dá mais privacidade”, explica Scodelario. Se a casa for própria, o morador pode fazer as obras que bem entender, sem necessidade de procurar síndico e ou passar por assembleia do condomínio.
Entretanto, as casas de rua tem o problema da segurança, o que tem desvalorizado estes imóveis. Você precisará investir em sistemas de segurança, como alarmes e câmeras”, alerta o especialista. Além disso, ficará sob responsabilidade sua manutenção de piscina, quando houver, do jardim e da caixa d’agua, assuntos que, em prédios, os moradores costumam não se envolver, apenas quando optam por fazer parte da administração.
As opções de apartamento são maiores nas grandes cidades, entretanto, não basta ver o preço apenas do aluguel ou de compra, tem que levar em consideração o custo do condomínio. Há imóveis com condomínio muito elevado devido à estrutura do prédio, portanto, tem que calcular para ver se compensa a longo prazo. Outro aspecto negativo é que a metragem costuma ser menor à de uma casa. Há apartamentos com metragens maiores, superiores a 200m, mas os valores podem ser salgados, em especial nas regiões mais badaladas das cidades.
Além disso, piscina e churrasqueira costumam ser nas áreas comuns do prédio, portanto, não há privacidade e o morador está sujeito às normas locais, como horário e proibição de pets nestes espaços. Todavia, há muitas vantagens nestes imóveis, o principal, é a segurança. Outro ponto é a manutenção de toda a estrutura. A menos que o morador queira ser síndico, ele não precisa se preocupar, já que haverá a figura de um zelador e das pessoas que administram o condomínio, muitos moradores sequer têm interesse em participar das assembleias.
(*) – É especialista em mercado imobiliário. Fonte: MF Press Global.