Arcebispo de Hong Kong, Cardeal John Tong. |
O Vaticano e a China estão próximos de alcançar um acordo histórico sobre a nomeação de bispos no país asiático, informou o cardeal de Hong Kong, John Tong Hon, pelo jornal “Sunday Examiner”. De acordo com o religioso, as duas instituições conseguiram atingir um “consenso inicial” sobre o tema, considerado o “obstáculo central” para a retomada das relações bilaterais que foram cortadas em 1951.
Desde a década de 1950, existe na China uma “igreja oficial” e a Igreja Católica de Roma atua quase que na clandestinidade. A nomeação de bispos para as dioceses chinesas são feitas pelo próprio governo e não pelo Pontífice, como é tradicional em todas as partes do mundo.
Desde que o papa Francisco assumiu o posto de líder da Igreja, ele vem tentando acelerar as negociações para por fim – ou amenizar – as divergências em prol dos católicos do país. Sobre os sete bispos nomeados recentemente sem a autorização do Vaticano, o cardeal lembra que eles “escreveram para o Papa e disseram estar dispostos a pedir perdão”. Já quando foi questionado sobre os temores de um envolvimento do Vaticano com um Estado que limita a liberdade de culto, Tong destaca que permitir que o líder da Igreja nomeie os bispos é “uma liberdade fundamental” (ANSA).