O consumidor precisa ficar atento aos gastos neste período para não comprometer o orçamento, principalmente se já estiver endividado. Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em 27 capitais, mostra que cresceu de 28% para 33% o número de brasileiros que possui intenção de presentear no Natal, mesmo com contas em atraso. Destes, 66% estão com restrição em seus CPFs.
O levantamento também aponta que 15% dos entrevistados admitem ter ficado com o nome sujo em razão das compras feitas no Natal de 2018. Dentre estes, 9% continuam negativados e 7% conseguiram limpar o nome. Em média, o valor das dívidas é de R$ 847,17. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o consumo exagerado e descontrolado pode fazer com que o consumidor enfrente problemas no próximo ano. “Fazer uma lista prévia do que se deseja e pesquisar preços são as atitudes mais indicadas para não extrapolar as finanças”, orienta.
O desejo de consumir, que já faz parte dos hábitos de consumo do brasileiro nas festas de fim de ano, traz um sinal de alerta. Os dados revelam que três em cada dez (26%) consumidores que pretendem comprar presentes no Natal admitem gastar mais do que podem, percentual que chega a 32% entre as mulheres e 28% nas classes C e D. Esse número representa um aumento de 7 pontos percentuais em relação ao ano passado, que era de 19%.
Além disso, a pesquisa aponta que 8% dos entrevistados irão negligenciar compromissos financeiros assumidos anteriormente para realizar compras típicas deste período. Por outro lado, 85% não deixarão de pagar alguma conta para adquirir presentes. A pesquisa ainda indica que uma pequena parte dos consumidores também agirá de maneira não recomendável: 7% deixarão de pagar alguma conta para realizar a festa de Natal, enquanto 6% não quitarão contas para comemorar o Réveillon (AI/CNDL/SPCBrasil).