Precisamos debater o limite dos usos de agrotóxicos e sementes transgênicas, disse Patrus Ananias. |
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, disse que o Estado, as Ongs, universidades e a sociedade civil precisam debater o limite dos usos de agrotóxicos e sementes transgênicas no Brasil. Segundo ele, o Plano Safra da Agricultura Familiar prevê o apoio à conservação e valorização de sementes e mudas nativas, chamadas de crioulas.
“Estamos lançando sementes e mudas que não sejam transgênicas e sejam vinculadas à tradição dos agricultores familiares, considerando, inclusive, as diversidades regionais. Vamos ampliar as parcerias já feitas com a Embrapa e com universidades, sempre nessa linha de termos uma agricultura saudável, com o mínimo ou totalmente liberta de agrotóxicos”, disse Patrus.
O ministro acrescentou que o tema é importante e foi inclusive levantado diretamente pelo papa Francisco em sua encíclica sobre as questões ambientais e sociais. Patrus também ressaltou o papel da Anater com a nomeação do presidente, o engenheiro agrônomo Paulo Cabral. “Começamos a consolidar a Anater e a parte da assistência técnica começa a ter uma referência pública. Vamos manter as parcerias com universidades e entidades privadas para garantir que os agricultores familiares tenham acesso a novas tecnologias e novos conhecimentos para melhorar e ampliar a sua produção”, disse Patrus.
O ministro também alou sobre o acordo feito com os movimentos pela reforma agrária. Ele foi encarregado pela presidenta Dilma Rousseff de apresentar em 30 dias um plano de reforma agrária para o país. “Estamos trabalhando nesse plano e nossa determinação é que até 2018, nós tenhamos assentado em condições dignas todas as famílias acampadas no Brasil” (ABr).