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Relator da PEC da Previdência defende idade mínima de 65 anos

em Manchete
segunda-feira, 06 de março de 2017
Marcelo Camargo/ABr

Marcelo Camargo/ABr

Relator da proposta da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA).

O relator da proposta da reforma da Previdência, deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), defendeu ontem (6) a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria. “Não dá pra pensar em não ter idade mínima de 65 anos de jeito nenhum”, disse Maia, ao deixar o Ministério da Fazenda, em Brasília, após reunião com o ministro Henrique Meirelles. O relator afirmou que, durante o encontro, apresentou ao ministro as demandas de parlamentares e pediu que sejam feitas “contas” para analisar eventuais alterações no texto enviado pelo governo ao Congresso.
Segundo Maia, estão em discussão as regras de transição, o fim da aposentadoria especial para policiais, a cobrança de contribuição de trabalhadores rurais, o aumento da idade para receber o Benefício de Prestação Continuada e a desvinculação do salário mínimo, além do acúmulo de aposentadoria e pensão. O deputado voltou a defender um “aprofundamento melhor” das regras de transição. Para ele, a regra enviada para análise do Congresso é “muito abrupta”.
“É importante dizer que não estamos fazendo nada de novo. Quando se diz que não tem integralidade entre aposentadoria e o salário que o sujeito recebeu ao longo da vida, isso não foi criado agora. Foi criado com o fator previdenciário há mais de 15 anos. Isso existe no mundo inteiro”, acrescentou. Disse ainda que a Previdência precisa ter a contribuição de todos, inclusive dos trabalhadores rurais. “Como é que você contribui para no final da vida ter um salário mínimo e quem não contribui também tem um salário mínimo? É justo que isso aconteça? Não pode ser”, acrescentou. Para ele, a aprovação da proposta vai garantir que a economia do país volte a crescer.
“É um momento decisivo para este governo. Se essa PEC passar, terminaremos este ano com crescimento de aproximadamente 2%, com perspectiva de no ano que vem crescer 4%. Se essa PEC não passar, a gente não sabe o que vai acontecer”. Maia afirmou ainda que o governo tem condições de conseguir a aprovação da proposta (ABr).