Ministro da Fazenda Henrique Meirellis, fala com a Imprensa. |
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na sexta-feira (14) que a redução de preços da Petrobras em suas refinarias é favorável do ponto de vista da inflação, mas que o reflexo no preço aos consumidores será decidido pela empresa, e não pelo governo. Meirelles enfatizou que a estatal de petróleo brasileira é uma empresa autônoma.
“O importante agora é que a Petrobras fixe seus preços e não há dúvida que, nesse caso específico, é favorável do ponto de vista da inflação. Mas isso é uma decisão clara da Petrobras, autônoma. É uma das características mais importantes agora dessa política econômica, que é respeitar a realidade”, disse Meirelles na saída de reunião com a presidente do STF, Cármen Lúcia.
O ministro disse ainda que a Petrobras tem que seguir tendo responsabilidade com seus acionistas e com o país, no sentido de ser uma empresa viável, que cumpre com suas obrigações, entre elas a de exploração e refino de petróleo em circunstâncias adequadas. Sobre o acordo para a votação de mudanças na Lei da Repatriação, Meirelles disse que, apesar da falta de acordo esta semana, o governo está discutindo a proposta com governadores, com as bancadas e os partidos políticos com grande possibilidade do assunto ser votado na semana que vem.
Perguntado sobre a arrecadação com a repatriação de bens não-declarados no exterior, estimada inicialmente em R$ 12 bilhões pelo governo, o ministro disse que é possível chegar a esse valor, mas que, até agora, o total é de cerca de R$ 8 bilhões, conforme divulgado recentemente no Relatório de Receitas e Despesas. “Portanto, existe sim esse valor de declarações já apresentadas, como consequência existe essa arrecadação de mais de R$ 8 bilhões, mas é necessário dizer que caso haja mudança [na lei] haverá uma mudança nesse número. Vamos ver se é para menor ou para menor” (ABr).
