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Propina por reforma do Maracanã foi de R$ 7,3 milhões

em Manchete
terça-feira, 18 de abril de 2017
Daniel Brasil/Portal da Copa

Daniel Brasil/Portal da Copa

Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Executivos da empreiteira Odebrecht afirmaram, em delação premiada, que a empresa pagou cerca de R$ 7,3 milhões em propina para fraudar a licitação para as obras de reforma do estádio do Maracanã. O montante, destinado ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a secretários e a membros do Tribunal de Contas do estado (TCE-RJ) poderia ter sido ainda maior se os acordos tivessem sido cumpridos, o que não ocorreu devido à deflagração da Operação Lava Jato.
De acordo com Benedicto Barbosa da Silva Junior, responsável pelo Setor de Operações Estruturadas da empresa, o departamento da propina, foram pagos ao ex-governador do Rio de Janeiro, que está preso desde novembro, aproximadamente R$ 6,3 milhões em propina relacionada às obras do Maracanã. Já os diretores da Odebrecht, Marcos Vidigal do Amaral, Leandro Andrade Azevedo e João Borba, disseram que foi repassado R$ 1 milhão para o então presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes.
O valor, pago para que o tribunal aprovasse o edital de licitação da obra, deveria ter sido de R$ 4 milhões, que corresponde a 1% do valor inicial do projeto. No entanto, com início da Operação Lava Jato, o repasse, dividido em quatro parcelas, foi interrompido e somente uma “prestação” foi devidamente paga. Ainda de acordo com o executivo, por determinação de Cabral, a construtora Delta também deveria integrar o consórcio, mesmo não tendo qualificação técnica para a obra.
Inicialmente, o contrato inicial para reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 era de R$ 705 milhões. Ao final, a obra custou aos cofres públicos mais de R$ 1,2 bilhão. O advogado de Cabral, Luciano Saldanha, informou que a defesa só vai se manifestar nos autos do processo. A defesa de Jonas Lopes não foi encontrada pela reportagem (ABr).