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Políticas em discussão levarão país a território mais estável

em Manchete
quinta-feira, 06 de outubro de 2016
José Luis Magaña

José Luis Magaña

Diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.

Washington – As políticas econômicas em discussão no momento no Brasil, incluindo as medidas de ajuste fiscal e reformas estruturais, vão ajudar a levar o país para uma trajetória mais estável e, espera-se, mais próspera, afirmou ontem (6), em entrevista à imprensa a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde. “O Brasil está se movendo para um território positivo”, afirmou, destacando que o movimento será o oposto do que vem ocorrendo nos últimos meses, marcados por forte contração da economia.
No relatório Panorama Econômico Mundial a avaliação é que o país está “perto de sair do fundo do poço”. A estabilização da economia brasileira deve ajudar significativamente a América Latina, avalia a dirigente, na medida em que grande parte da contração do PIB da região se deve à piora do Brasil e de países como a Venezuela. Para este último, o FMI prevê retração de 10% este ano, enquanto o PIB brasileiro deve encolher 3,3%. O Fundo projeta que o PIB dos países latinos vai encolher 0,6% em 2016 e voltar a crescer no ano que vem, com expansão de 1,6%.
A dirigente foi questionada na entrevista sobre a diferença das previsões para o crescimento do Brasil em 2017 entre o FMI e o Banco Mundial. O Fundo projeta expansão de 0,5%, enquanto a última instituição vê avanço de 1,1%. Segundo Lagarde, a discrepância se deve a diferentes metodologias e referências levadas em conta por cada um dos organismos multilaterais.
O crescimento da economia mundial segue decepcionante e a esperada aceleração deve ser puxada pelos países emergentes, avaliou Lagarde, ao alertar para o “sério risco” que um recuo na globalização e no multilateralismo oferece para o planeta (AE).