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Para Petrobras, controle de preços de combustíveis ‘não se justifica’

em Manchete
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

“O preço dos combustíveis tem que ser tratado como o de qualquer outro produto e não se deve definir periodicidade para os reajustes”. A conclusão é do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que descartou ainda um controle de preços. Para o executivo, a atual política de preços é positiva para a companhia e para o Brasil.

“Tem periodicidade para o preço da carne. O preço da carne deu um salto com o choque de oferta. E aí? Vamos fazer periodicidade e controlar o preço da carne? Não vai porque o controle de preços pertence ao museu de armas falidas contra a inflação há muito tempo”, disse, durante um café da manhã com jornalistas, na sede da empresa, no centro do Rio. “Não se justifica nenhum controle de preços de combustíveis, periodicidade. Deixa o mercado livre”.

O presidente disse que não tem “a menor preocupação” com uma possível deflagração de greve dos caminhoneiros, em consequência dos preços do diesel, pois problema da categoria é um excesso de oferta dos serviços causada da expansão irresponsável de crédito do BNDES especificamente entre 2008 e 2015. “O que vai consumir esse excesso de oferta vai ser o crescimento da economia, gerando maior demanda por carga”, afirmou.

Castello Branco lembrou que os preços do petróleo são livres desde 2002, quando se completou o período de cinco anos estabelecido pela lei do petróleo aprovada pelo Congresso 1997. “Então é lei e vamos obedecer a lei”. Quanto ao gás da Bolívia, em breve o novo ministro boliviano de Hidrocarbonetos virá ao Brasil para reuniões de negociação dos contratos entre os dois países que se encerram no fim do ano. “Não há risco de abastecimento”, garantiu (ABr).