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‘O Brasil é um país com medos’, alerta Cristovam

em Manchete
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Geraldo Magela/Ag.Senado

Senador Cristovam Buarque (DF).

O senador Cristovam Buarque (DF) disse que, apesar de ter mudado de partido (do PDT para o PPS), continuará defendendo medidas para ajustar a economia do país e combater a crise, a inflação, o desemprego e o endividamento do setor público. No entanto, o ajuste não deve ser de choque, mas paulatino, para proteger as camadas mais pobres, os investimentos em infraestrutura do país e o diálogo com toda a sociedade.
Ao fazer uma reflexão sobre o futuro do país, o senador Cristovam Buarque afirmou que os brasileiros são atualmente um povo com muitos medos e que será preciso vencê-los para a construção de um Brasil melhor. Ele listou uma série de problemas que amedrontam a população. O primeiro deles é o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da zika e do chicungunha.
“Um país que deveria estar discutindo questões relativas ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, em pleno século 21, ainda busca formas de se livrar de um mosquito e de doenças endêmicas”, lamentou o senador, que aproveitou para ressaltar a realização iminente dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, um evento que vai despertar atenção do mundo inteiro.
Segundo Cristovam, o brasileiro hoje é um povo com medo de ir ao supermercado, diante da volta da inflação; com medo de andar nas ruas, por conta da violência; com medo de ficar sem trabalho, diante do crescimento do índice de desemprego; e com medo das dívidas, com a escalada dos juros. “Temos medo também do atraso em relação a outros países. Estamos caindo de posição em indicadores importantes. Outras economias têm produtividade crescente; e a nossa está estagnada”, afirmou.
Por fim, o parlamentar chamou atenção para o que ele classificou de um “medo especial”, que é a incerteza quanto ao futuro dos jovens e crianças. “Como vai ser o futuro dos meus filhos? E se eles perguntarem onde nós erramos? Este é o desafio: como deixar para juventude um país sem medo?”, indagou (Ag.Senado).