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“Nós vivíamos um sonho. Uma cidade do interior 3 vezes na série A”

em Manchete
terça-feira, 29 de novembro de 2016
Divulgação Prefeitura de Chapecó

Divulgação Prefeitura de Chapecó

“A Chapecoense passava por um grande momento”, disse o prefeito de Chapecó,
Luciano Buligon.

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, disse ontem (29) que o time da Chapecoense estava em seu melhor momento e que a cidade vivia um sonho. “A Chapecoense passava por um grande momento. Nós vivíamos um sonho, eu nunca cansei de dizer isso. Uma cidade do interior, três vezes na série A do Campeonato Brasileiro, disputadíssimo”, disse Buligon em entrevista a jornalistas em São Paulo.
Ele afirmou que acredita ter uma missão a cumprir, após o acidente com o avião da equipe da Chapecoense. “Estou agradecendo a Deus. O que me fez chorar foi a minha filha, que me ligou agora, disse que está feliz. Eu acredito que fiquei para cumprir a missão de resgatar a nossa autoestima”, disse. O prefeito embarcaria junto com a equipe, mas decidiu ficar na capital paulista para uma reunião na manhã de ontem que trataria de parcerias público-privadas para Chapecó e pediu para que o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho, também ficasse.
Depois do acidente, a Conmebol adiou a partida. Uma nova data só deverá ser definida a partir do dia 21 de dezembro.
O governo federal liberou duas aeronaves da FAB para levar autoridades, além de médicos e a equipe do jurídico da Chapecoense para auxiliar os sobreviventes e fazer o translado dos corpos.
Segundo o prefeito de Chapecó, o avião foi fretado para reduzir o desgaste dos jogadores. Ele disse que a aeronave já atendeu às seleções da Bolívia e Argentina. Buligon afirmou ainda que já havia voado com a tripulação, incluindo o piloto, que também era proprietário da empresa venezuelana LaMia, sigla para Línea Aérea Mérida Internacional de Aviación. Os voos ocorreram durante os últimos jogos da Copa Sul-Americana. “Foi um voo tranquilo, o piloto acabou virando torcedor da Chapecoense, assistiu o jogo. Era uma pessoa tranquila, bom piloto”, disse Buligon (ABr).