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“Nos braços do trabalhador público a conta da crise”

em Manchete
segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Divulgação

Diretor da executiva da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva.

Brasília – Os sindicatos dos servidores públicos criticaram a decisão do governo de adiar o reajuste do funcionalismo de janeiro para agosto do ano que vem. A previsão é que a medida renda uma economia de R$ 7 bilhões. “O governo coloca nos braços dos trabalhadores públicos a conta das maldades e mazelas dessa crise financeira e política”, disse Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da executiva da Condsef. A entidade reúne 36 sindicatos que representam 80% dos 850 mil servidores do Executivo.
De acordo com Silva, o governo descumpriu o acordo que tinha sido feito com a categoria de reajustes nos próximos quatro anos “É um retrocesso na construção do que vinha se dialogando a duras penas. O governo nos apresentou uma proposta que foi aprovada pelo plenário e agora nos impõe essa situação”, afirmou. Ele não descarta que haja manifestações e paralisação das atividades para reivindicar a volta da proposta anterior, pela qual o reajuste é dado em janeiro.
Já o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que é “plenamente justificável” a proposta que o governo faz aos servidores, de congelamento de aumento, porque esses profissionais têm estabilidade e rendimentos superiores aos do setor privado, que vive situação de desemprego e redução real de salários. Silva também criticou a decisão de eliminar o abono de permanência, benefício pago aos servidores que adquirem o direito de se aposentar, mas que continuam trabalhando. “Se o serviço público já é insatisfatório, a tendência é ficar pior”, sentenciou (AE).