A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse, no Fórum de Investimentos Brasil 2019, que o crescimento do setor agropecuário e a proteção do meio ambiente não são premissas conflitantes. “O Brasil é uma potência agroalimentar, mas também é uma potência ambiental. Para seguir incrementando a produção nacional e minimizando os impactos ao meio ambiente, o governo brasileiro e o setor privado precisam continuar trabalhando juntos”, disse a ministra.
Para ela, os grandes produtores rurais estão cientes de que a sustentabilidade da sua produção afeta a aceitação dos seus produtos nos mercados externos, e de que estão sob influência de mudanças climáticas. Lembrou que, em 2018, a produção chegou a US$ 147,4 bilhões e que a previsão é que continue crescendo. “Projeções apontam que nos próximos dez anos a produção brasileira de grãos crescerá 27%, carne bovina 19%, suína 25% e frango 28%, contribuindo para garantir a segurança alimentar e nutricional global”.
A ministra comentou a indicação da Argentina à OCDE pelos Estados Unidos. Segundo ela, o governo já sabia disso desde janeiro, quando estiveram no país norte-americano. “Nós já sabíamos disso, que a Argentina já estava com a documentação mais pronta que a do Brasil. Isso foi colocado para nós claramente, que eles seriam primeiro e que em seguida Os Estados Unidos indicariam o Brasil e a Europa indicaria um outro país. Mas isso não tem nada a ver que o Brasil foi passado para trás. Não, era uma fila e isso foi acordado desde lá trás”, disse.
Mais cedo, a agência de notícias Bloomberg informou que governo dos Estados Unidos, por meio do secretário de Estado, Mike Pompeo, rejeitou um pedido para discutir o aumento de integrantes na OCDE, grupo que reúne 36 países, a maioria da Europa e América do Norte. De acordo com a agência, a informação constava em uma carta enviada por Pompeo ao secretário-geral da OCDE, Angel Gurria. No documento, os EUA confirmam apoio formal à entrada da Argentina e da Romênia no grupo (ABr).