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Marinha do Brasil faz operação com mais de 3 mil militares

em Manchete
segunda-feira, 19 de agosto de 2019
Justica temporario

Exercício une fuzileiros navais de dez países.

Foto: Tânia Rêgo/ABr

A Marinha do Brasil começou, ontem (19), a 60ª Operação Unitas, que vai até o dia 30. O exercício marítimo neste tipo de integração é organizado pelos Estados Unidos e ocorre desde 1959. A intenção é incrementar e estreitar os laços de cooperação e amizade entre as marinhas. Na edição deste ano, a Unitas terá duas partes: a etapa marítima e a fase anfíbia, que vai incluir a simulação de uma ajuda humanitária, a partir de uma operação de desembarque anfíbio, no dia 27, na Ilha da Marambaia, na Costa Verde do Rio.
“Certamente as Forças Armadas de todo mundo são utilizadas na ajuda humanitária, no caso de um desastre natural ou de alguma coisa deste tipo. As Forças Armadas pela sua capacidade logística, de operação rápida e de mobilização, elas sempre serão utilizadas, como por exemplo, nós fomos utilizados no terremoto do Haiti. É um caso real da evolução do que nós fazemos”, disse o comandante da Segunda Divisão de Esquadra, contra-almirante Luiz Roberto Cavalcanti Valicente.
Ao todo, serão empregados mais de 3.300 militares, de países das Américas e convidados extra continente de Portugal, Reino Unido e Japão. “É uma oportunidade única de mostrar que nossas marinhas operam juntas”. A operação vai ter a participação de unidades navais, aeronavais, aéreas e de Fuzileiros Navais de militares do Brasil, da Argentina, do Chile, da Colômbia, do Equador, dos Estados Unidos, do México, Panamá, Paraguai e do Peru.
O contra-almirante negou que o perfil da operação mudou com a inclusão de integração em ações conjuntas contra o crime e, por isso tem deixado de ter exercícios contra guerras. “Na verdade o que mudou não foi o foco da Unitas, foi o mundo. Hoje existe uma preocupação real das Marinhas, com a guerra simétrica e controle de área marítima”. Para o capitão de mar e guerra, Mayers, do Comando Naval Sul da Marinha americana, a Unitas tem um motivo específico para realizar os exercícios de guerra. “Precisamos nos manter atualizados e capazes para quando for necessário” (ABr).