Ex-candidata a presidente da República, Marina Silva. |
Ribeirão Preto – A ex-candidata a presidente da República, Marina Silva (Rede), retomou as críticas à presidente Dilma Rousseff ao afirmar, em entrevista à Rádio Gaúcha, que a adversária “não tem mais a liderança política no País nem maioria no Congresso”. Disse m ais: que Dilma e o vice-presidente Michel Temer são os responsáveis pelos desmandos geradores da crise brasileira.
“No meu entendimento, o melhor caminho para o Brasil é o processo que está no TSE, porque teria a cassação da chapa com a comprovação de que o dinheiro da corrupção foi usado para a campanha do vice e da presidente”, afirmou Marina. Como já tinha feito, a ex-senadora procurou não defender o processo de impeachment, mas discordou da tese do governo de que o procedimento aberto pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha, é golpe.
“Impeachment não é golpe. Está previsto na Constituição, foi feito contra Collor, foi pedido pelo PT várias vezes e eles achavam que não era golpe”, afirmou. Marina disse que a Dilma “não disse a verdade” durante a campanha a presidente em 2014 sobre a economia brasileira, o que apenas agravou a situação do País no ano passado, o primeiro do segundo mandato dela. “É engraçado porque (enquanto) países do mundo correram atrás para resolver a crise, disseram que era apenas uma marolinha e chegaram a dar lição de moral até para a Alemanha”, afirmou a ex-senadora, em uma crítica também ao ex-presidente Lula.
Uma das favoritas à eleição presidencial em 2018, segundo as mais recentes pesquisas de intenção, Marina disse que ainda não tem clareza se será novamente candidata. No entanto, ela voltou a criticar os ataques sofridos por ela durante o pleito de 2014, principalmente pelo PT, seu ex-partido político, e pela presidente Dilma. “Diziam que, se eu ganhasse, iria acabar com Pronatec e Prouni e isso o atual governo está fazendo. As pessoas projetam em você o que vão fazer”, concluiu (AE).