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Juro do cheque especial atinge 293,9% ao ano e o dos cartões, 447,5%

em Manchete
terça-feira, 29 de março de 2016

Divulgação

A taxa do rotativo do cartão de crédito é a mais alta da série histórica, desde 2011.

A taxa do cheque especial chegou a 293,9% ao ano, alta de 1,6% em relação a janeiro, informou o Banco Central (BC). Os juros do cheque especial voltaram ao patamar recorde do início da série histórica, iniciada em julho de 1994 (293,9%).
A taxa do rotativo do cartão de crédito também subiu em fevereiro. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do BC. Em fevereiro, a taxa chegou a 447,5% ao ano, com alta de 8% em relação a janeiro. Essa taxa do rotativo do cartão de crédito é a mais alta da série histórica, iniciada em 2011.
A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 1,1 ponto percentual (pp) para 145,6% ao ano. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu 0,2 pp para 29,5% ao ano. A taxa do crédito pessoal (sem operações consignadas) aumentou 4,3 pp para 122,8% ao ano. A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 1,6 pp para 68% ao ano. A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, ficou estável em fevereiro – comparada a janeiro – em 6,2%.
No caso das empresas, a taxa de inadimplência também não foi alterada, permanecendo em 4,7% em fevereiro. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas subiu 0,2 ponto percentual para 31,9% ao ano. No caso do crédito direcionado (destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas recuou 0,2 pp para 9,7% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 0,5 pp para 11,8% ao ano. A inadimplência das famílias ficou em 2,2%, alta de 0,1 pp, e das empresas subiu 0,1 pp para 1%.
O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos voltou a cair em fevereiro, quando chegou a R$ 3,184 trilhões, com redução de 0,5%, em relação a janeiro. Esse valor correspondeu a 53,6% do PIB, com uma redução de 0,4 pp em relação a janeiro (ABr).