O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, descartou mais uma vez a possibilidade de diálogo com os Estados Unidos na data que marca a invasão da embaixada americana no país há 40 anos. No dia 4 de novembro de 1979, pouco depois da queda do xá do Irã, no regime apoiado pelos EUA, estudantes ocuparam a embaixada americana em Teerã, exigindo a entrega do líder deposto.
A crise durou 444 dias, e o governo americano cortou as relações diplomáticas com o país. O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, celebrou a data em pronunciamento para estudantes no domingo (3). Ele acusou o governo americano de não haver mudado nos últimos 40 anos, prosseguindo com “o mesmo comportamento cruel e agressivo”.
Khamenei refutou a possibilidade de qualquer diálogo com os Estados Unidos, afirmando que “aqueles que acreditam que negociações com o inimigo resolverão nosso problema estão 100% enganados”. Acrescentou que “uma forma de bloquear a infiltração da América dá-se por meio da proibição de qualquer conversação”. A tensão aumentou novamente entre Teerã e Washington desde que o presidente americano, Donald Trump, retirou o país do acordo nuclear com o Irã e impôs sanções unilaterais (NHK/ABr).