Presidente da CNI, Robson Andrade. Foto: Antônio Cruz/ABr |
Brasília – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, afirmou ontem 17, que a indústria será “parceira” do novo governo sempre que o objetivo for destravar a economia. Ele reconheceu que o próximo ano será difícil, já que a equipe econômica, liderada pelo futuro ministro Paulo Guedes, terá a missão de “arrumar a casa”, sobretudo na área fiscal. Mas Andrade demonstrou otimismo.
“Temos expectativa de que País realmente vai mudar, teremos oportunidade de atrair investimentos”, afirmou ao participar de debate promovido pelo Correio Braziliense. Andrade citou uma série de iniciativas da indústria na formação de capital humano para contribuir para a elevação da produtividade no País, mas ressaltou que há questões que só o governo pode endereçar, como a questão tributária.
“Nós seremos parceiros do governo sempre que o objetivo for destravar a economia, fazer a indústria crescer e desenvolver tecnologia”, disse. “Certas coisas só o governo pode fazer, mas nós podemos fazer muito pela indústria brasileira. Temos grande chance e grande possibilidade de fazer mudanças”, acrescentou.
Segundo o presidente da CNI, as estimativas apontam que o Brasil precisa em média de 4 trabalhadores para entregar o mesmo que um único trabalhador norte-americano. No entanto, ele ponderou que essa não é uma medida transversal a todas as atividades. Para Andrade, há algumas áreas mais produtivas, outras menos. Em desvantagem, segundo ele, estão algumas regiões que hoje não têm mão de obra amplamente qualificada, como a região Norte. “Sem qualificação, Estados como Acre e Amazonas não vão atrair empresas”, disse Andrade (AE).