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Inadimplência das empresas cresce 3,30% em março, a menor alta em 18 meses

em Manchete
segunda-feira, 29 de abril de 2019
Inadimplencia temproario

Inadimplencia temproario

Foto: CDLGramado/Reprodução

A inadimplência das empresas sinaliza um ‘cenário de acomodação’ para os próximos meses.

O número de empresas com contas em atraso e registradas nos cadastros de devedores, cresceu 3,30% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado – trata-se da menor variação desde setembro de 2017, quando a alta fora de 2,62%. Na passagem de fevereiro para março de 2019, a alta foi de 0,69%. Os dados foram calculados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a inadimplência das empresas tem crescido de forma mais moderada do que no auge da crise e sinaliza um cenário de acomodação para os próximos meses de 2019. “Mesmo com a lenta retomada da confiança, os empresários seguem cautelosos para investir. Além disso, o crescimento econômico segue em ritmo abaixo do que era esperado no início do ano, com o mercado de trabalho demorando para reagir e a capacidade ociosa das indústrias em níveis elevados”.
Os dados regionais mostram que o Sudeste lidera o crescimento da inadimplência entre as empresas. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o número de pessoas jurídicas negativadas na região cresceu 4,60%, a maior alta entre as regiões pesquisadas. Em seguida aparecem, na ordem, as regiões Sul, que registrou avanço de 3,29% na mesma base de comparação, Centro-Oeste (1,99%), Nordeste (1,53%) e Norte (0,47%).
Entre os segmentos devedores, destacam-se as altas apresentadas pelos ramos de serviços (5,74%) e comércio (1,55%), seguidos pelas empresas que atuam no setor das indústrias (0,93%). Entre os setores credores, ou seja, os que deixaram de receber valores de terceiros, o setor de serviços, que engloba bancos e financeiras, responde por 70%. Em seguida aparecem estabelecimentos comerciais (17%) e indústrias (12%). “Para os próximos meses, espera-se a atividade econômica ainda se mantenha pouco aquecida, o que deve manter o crescimento da inadimplência das empresas em patamares ainda discretos”, afirma Pellizzaro Junior (CNDL/SPC Brasil).