Nas contas da “tropa de choque” de Temer, é possível alcançar de 270 a 280 votos. |
Brasília – Na semana da votação da segunda denúncia contra o presidente Temer no plenário da Câmara, líderes governistas demonstram otimismo e falam em um resultado mais expressivo desta vez. Nas contas da “tropa de choque” de Temer, é possível alcançar de 270 a 280 votos a favor do parecer que pede o arquivamento da denúncia por obstrução de justiça e organização criminosa.
Às vésperas da votação, os governistas concentram agora os esforços de convencimento em 30 parlamentares “mais problemáticos”, que seriam de diversos partidos da base aliada. O grupo é formado por aliados que cobram cargos e a liberação de emendas. Como algumas demandas são ainda da votação da Reforma Trabalhista, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, entrou diretamente na articulação para resolver as emendas pendentes.
“Não são (deputados) contra o governo, só querem uma determinada obra”, disse o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), que desde sábado está ligando para aliados para sentir o “termômetro” da base. Na sua contabilidade, e do vice-líder do PMDB, Carlos Marun (MS), é possível superar os 263 votos favoráveis ao governo na primeira denúncia porque o cenário é de desconfiança em relação ao conteúdo do segundo pedido da PGR e porque a economia vem dando sinais positivos. “O cara que já votou (com Temer) vai votar de novo, já teve o desgaste na primeira denúncia”, afirmou Mansur.
“Acho que o resultado será melhor que a votação passada”, prevê Mansur. A oposição rebate o clima de otimismo dos governistas e calcula que o governo teria no máximo entre 225 e 230 votos. “O governo está desesperado por voto”, contou o deputado Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA) (AE).