Petrobras quer alcançar produção de óleo e gás de 3,55 milhões de barris de óleo/dia. |
Brasília – O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse ontem (21), que a gestão financeira da empresa no período 2018 a 2022 ajudará a equacionar o seu endividamento nos próximos anos. “Quando chegamos, a empresa tinha uma dívida muito elevada de 5,3 vezes o Ebitda, e já trazemos essa relação para 3,2 vezes. Queremos trazer para não mais de 2,5 vezes até o fim de 2018”, afirmou Parente em cerimônia no palácio do Planalto.
“O importante é que até 2022 atingiremos indicador de segurança, que é a média global das empresas do setor”, completou. A Petrobras aumentou o prazo médio da dívida da empresa com redução de juros. Além disso, Parente disse que a companhia terá que congelar premissas para o valor do petróleo em determinado momento, mas pontuou que o plano da empresa está dentro das previsões que estão sendo feitas pelo mercado.
Após quatro cortes, a Petrobras voltou a ampliar seu plano de investimentos e anunciou que fará aportes de US$ 74,5 bilhões no período de 2018 a 2022, conforme Plano de Negócios e Gestão. O aumento é de 0,5% em relação ao plano 2017-2021, anunciado no ano passado. “O principal acionista da Petrobras é a sociedade brasileira representada pela União. Temos aqui boas coisas para apresentar e tenho certeza que nosso principal acionista ficará satisfeito”, completou.
Ele citou a elevação do market-share por meio de política ativa de preços e destacou a nova estratégia da empresa de desenvolvimento de energia de baixo carbono. Do total de recursos previsto no plano, US$ 60,3 bilhões serão destinados para exploração e produção. Outros US$ 13,1 bilhões irão para investimentos em refino e gás natural. A estatal espera alcançar uma produção total de óleo e gás, no Brasil e no exterior, de 3,55 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2022. Desse total, 2,88 milhões de barris seriam produzidos no Brasil (AE).