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FMI eleva projeção de crescimento do PIB do Brasil de 0,2% para 0,3%

em Manchete
quinta-feira, 13 de julho de 2017
Reprodução

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A previsão para 2018 baixou de 1,7% para 1,3%.

Nova York – O Fundo Monetário Internacional elevou levemente a projeção para o crescimento do Brasil em 2017, de 0,2% para 0,3%, mas baixou a previsão para 2018, de 1,7% para 1,3%. No longo prazo, o FMI considera uma taxa estável de 2% de expansão do PIB de 2019 a 2022. As previsões fazem parte da conclusão do Artigo Quarto de Consultas do FMI ao País e que tem a aprovação do conselho executivo do Fundo.
“Enquanto o fim da recessão aparenta estar à vista, uma recente elevação da incerteza política colocou uma sombra sobre a perspectiva econômica”, aponta o FMI. “A capacidade do governo de entregar a reforma da Previdência, um passo necessário na direção de assegurar a sustentabilidade fiscal, ficou mais incerta, e, com eleições nacionais marcadas para 2018, está fechando a janela para ação legislativa”. A avaliação do Fundo é que, se a reforma não for aprovada, há risco de a projeção para o PIB do ano que vem ser novamente reduzida.
O FMI baixou suas previsões para o IPCA, o índice oficial de inflação do País, para este ano e o próximo. Para 2017, a estimativa recuou de 4,4% para 4,0% e para 2018 baixou de 4,3% para 4,0%. De 2019 a 2022, o Fundo prevê que o IPCA terá um nível de alta de 4,0% para todos os anos deste período. Na avaliação do Fundo, tanto as projeções para PIB como para inflação fazem parte de um contexto macroeconômico no qual é adotado um “conjunto suficientemente forte de medidas”, com maior destaque para a reforma da Previdência.
De acordo com o FMI, a instabilidade política e efeitos colaterais de investigações de corrupção são “as maiores fontes de riscos que podem ameaçar a agenda de reformas e a recuperação” do nível de atividade do País. “O principal risco é de que a reforma da Previdência seja gravemente diluída ou adiada para o próximo governo, provocando reação adversa de mercado no curto prazo e necessitando de medidas fiscais adicionais ao longo do tempo”, apontou o Fundo (AE).