Governadores reunidos em Brasília, no Centro Nacional de Convenções do Brasil. Foto: Antonio Cruz/ABr |
A decisão do governo federal de atender pleitos importantes apresentados pelos governadores, em relação à reforma da Previdência, pode contribuir para a aprovação do texto entregue ontem (20) pelo Planalto ao Congresso. Ponto fundamental, do ponto de vista dos estados, era que a proposta fosse ampla e não se limitasse apenas à situação da União.
Diante de governadores reunidos em Brasília, no Centro Nacional de Convenções do Brasil, o ministro da Economia Paulo Guedes apresentou detalhes do projeto. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, avaliou que a aproximação com os estados pode ajudar no alinhamento em torno da reforma. “Uma nova Previdência vai ajudar também estados e municípios no equacionamento do seu déficit fiscal”, disse.
Os chefes de Executivos estaduais têm alertado sobre a falta de condição de governabilidade diante de saldos negativos assumidos de administrações anteriores. Eleito para o comando de Goiás, Ronaldo Caiado explicou que busca saída para o ajuste das contas diante da dívida herdada de mais de R$ 3,4 bilhões. “As reformas serão aplicáveis imediatamente a estados e municípios dando alternativas como alíquota extra para os que ganham mais e criando condições para os estados implantarem a securitização de ativos”, disse.
O ministro Onyx Lorenzzoni, chefe da Casa Civil do governo do presidente Jair Bolsonaro, esbanjou otimismo diante das sinalizações de governadores. “Vão nos dar a condição de conseguir a vitória nos dois turnos da Câmara e nos dois turnos do Senado”, disse. Onyx afirmou ainda que é a “primeira vez na história do Brasil, que se separa previdência de assistência” e destacou mudanças como a criação da alíquota extra para os trabalhadores que recebem salários maiores (ABr).