A maioria dos empresários indicou a necessidade de novos estímulos para a retomada da economia. |
São Paulo – A Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada pelo Sinduscon-SP, indicou que os empresários não se mostram muito confiantes no seu crescimento de médio e longo prazo, embora acreditem em uma melhora no ambiente de negócios a partir de 2017.
De acordo com o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto, caso a questão política seja resolvida e as reformas das contas públicas comecem a ser aplicadas, já é possível pensar num cenário melhor em 2017. Ele explicou que juros mais baixos e medidas de ajuste fiscal são necessário para isso.
A maioria dos empresários, de acordo com o Sindicato, indicou a necessidade de novos estímulos governamentais para a retomada da economia. De acordo com dirigentes da entidade, são poucas as expectativas de contratação em 2016 na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, que é um segmento que obtém recursos da União. Já outras faixas que usam o FGTS como funding têm operado de maneira eficiente.
As obras do PAC estão, em grande parte, paralisadas e com atrasos nos pagamentos para as empresas. Para 2016, a perspectiva ainda é negativa. Apesar da necessidade de entrada de capital estrangeiro em infraestrutura, os dirigentes disseram que é preciso analisar os países que podem participar do setor, para evitar “movimentos predatórios”.
A redução das contratações do Minha Casa deve ter grande influência no desempenho das empresas e piorar ainda mais o nível de atividade. Comparativamente, a redução dos investimentos públicos em infraestrutura terá efeito mais reduzido sobre os negócios, o que provavelmente está relacionado ao perfil das empresas que participam da pesquisa, majoritariamente voltadas para a área de edificações (AE).