O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avaliou ontem (28) como positiva a aprovação da Medida Provisória (MP) que criou o programa Médicos pelo Brasil, ao lembrar que havia indefinição sobre a aprovação e o governo apelou aos líderes do Senado e da Câmara para que aprovassem o projeto, considerado forte para a saúde pública brasileira.
“O projeto vem com processo seletivo que não existia. Aqueles que vão para as áreas mais críticas iniciam ganhando mais, e ganham mais por permanecerem lá. Também traz de volta a proteção da sociedade, com os registros dos médicos nos conselhos de medicina, para que sejam fiscalizados, acabando com os improvisos”, disse, após participar do 7º Congresso Nacional de Hospitais Privados, em São Paulo.
Segundo o ministro, o projeto garantirá para as áreas mais distantes três vezes mais médicos do que o programa anterior, já que reconhece a essencialidade do profissional para compor a força de tarefa do SUS nas áreas mais críticas do país. Ele ressaltou que o Brasil é um continente com diferenças de acesso aos serviços de saúde, principalmente no caso de algumas especialidades, tornando um desafio a criação de políticas que se encaixem nos diversos vazios assistenciais.
“Temos lugares do Brasil onde a pessoa tem que viajar praticamente dois dias para ter acesso a uma hemodiálise, por exemplo, e é difícil levar atedimento para essas áreas críticas. “Estamos reorganizando o sistema na atenção primária, dividindo o país em regiões administrativas para criar salas de atendimento especializado”, afirmou. O programa amplia em 7,3 mil o número de profissionais nas áreas mais carentes do país – 55% serão contratados para atender as regiões Norte e Nordeste (ABr).