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Doria não aumentará impostos e manterá tarifa de ônibus

em Manchete
segunda-feira, 03 de outubro de 2016
Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo

Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo

Empresário João Doria que foi eleito prefeito da cidade de São Paulo.

São Paulo – Um dia após ser eleito prefeito de São Paulo no primeiro turno, João Doria prometeu ontem (3), que não aumentará impostos e vai manter congelada a tarifa de ônibus em 2017, mas não se comprometeu com a manutenção depois disso. Questionado sobre os anos seguintes do mandato, ele disse que “provavelmente” também não haverá aumento, mas deixou no ar a questão. “Cada dia, sua agonia.”
O tucano anunciou que vai cortar pelo menos sete das 27 secretarias que existem atualmente, mas não informou quais serão extintas. Prometeu que não fará cortes na área da Saúde e disse que uma das primeiras medidas de sua gestão será implantar os Corujões da Saúde, nos quais 40 hospitais privados atenderão pacientes do sistema público entre as 20 e 8 horas. Apesar de dizer que não haverá loteamento de cargos no seu governo, Doria admitiu que aceitará “sugestões e indicações” de vereadores e lideranças políticas.
“Não vamos fazer partilha. Não tem jogo perigoso, nem toma lá da cá”, disse ele sobre a montagem de seu secretariado e subprefeitos, que na sua gestão se chamarão de prefeitos regionais. O candidato também falou que pretende privatizar o Anhembi e o Autódromo de Interlagos, mas garantiu que não haverá mudança de destinação deste último espaço, que continuará sendo usado para a prática do automobilismo.
Sobre o Pacaembu, que ele classificou como o estádio mais amado pelos paulistanos, Doria disse que será feita uma concessão à iniciativa privada por dez ou 15 anos, mas prometeu que será mantido o acesso ao clube, de forma gratuita, aos moradores da região, como acontece hoje. Doria vai instalar câmeras para vigiar os monumentos públicos e, assim, evitar a depredação. Irá “descontinuar” o programa Braços Abertos, na “Cracolândia”, substituído pelo programa Recomeço, do Estado. E que, uma semana depois de tomar posse, determinará que a velocidade nas marginais volte a ser como era antes da gestão Haddad, ou seja, 60, 70 e 90 km por hora (AE).