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Defasagem nos salários das mulheres ‘acaba’ em 20 anos

em Manchete
quinta-feira, 09 de março de 2017
Arquivo/ABr

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Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou ontem (9) que a defasagem de remuneração entre homens e mulheres deve acabar dentro de 20 anos, tempo de transição para que passem a valer as novas regras da reforma da Previdência. Ele participou do Fórum Estadão, cujo tema foi a Previdência. O ministro destacou que, atualmente, a remuneração média das mulheres com idade entre 20 e 25 anos é praticamente igual à dos homens. “Essa diferença está acabando”, disse.
Meirelles admitiu, porém, que os homens são mais promovidos no trabalho do que as mulheres conforme envelhecem, tendência que também deve mudar. “Nos escalões mais elevados, é um fenômeno gradual, por uma questão muito simples de qualificação, competência e resultado. As empresas estão cada vez mais pressionadas por resultado”, afirmou. Segundo a proposta da reforma da Previdência, haverá uma transição de 20 anos para que a idade mínima de aposentadoria das mulheres seja a mesma para os homens.
Para Meirelles, “a reforma da Previdência não é um objeto de decisão, é uma necessidade”. A evolução das contas públicas brasileiras, de acordo com ele, mostra que a Previdência brasileira é mais generosa que a de outros países. “O problema é que quem paga isso é a sociedade”. Ele observou que a informação propagada em redes sociais de que haveria superávit na Previdência é “falaciosa”.
Quanto às categorias especiais, o ministro informou que, a princípio, todas estariam incluídos na reforma. Meirelles reforçou que os gastos públicos respondiam por 10,8% do PIB em 1991 e subiram para 19% nos dias de hoje. A Taxa de Reposição, outro ponto levantado, indica que o Brasil tem índice de 76%, maior que a média dos países europeus, que é de 56%. “O aposentado no Brasil tende a ganhar mais que ganhava antes na comparação com os dos demais países”, argumentou (ABr).