No período do dia 1 a 24 de dezembro, os brasileiros compraram mais à vista do que parcelado. Os dados são da Associação Comercial de São Paulo e revelam estabilidade no Indicador de Movimento do Comércio (IMC), vendas a prazo, e alta de 13,1% no número de compras à vista, com o Indicador de Consultas de Cheque (ICH).
A média dos dois sistemas resultou em alta de 6,6% no movimento de compras. Esse número é preliminar e ainda não representa o resultado do mês. As compras pagas à vista são classificadas como as de menor valor e movimentaram os setores de vestuário, cosméticos, calçados e brinquedos – seções mais escolhidas na hora de efetuar essa modalidade de pagamento – e outros bens de menor valor.
“O ICH em alta mostra que o brasileiro está mais animado para compras à vista e isso pode ser apontado como reflexo do 13° salário, aumento do emprego informal, saque do FGTS, entre outras medidas que foram adotadas em 2019”, explica Marcel Solimeo, economista da ACSP, ao explicar que também a Black Friday contribuiu com a estabilidade do IMC, pois a variedade de ofertas e facilidades na aquisição de bens duráveis antecipou o número de compras que sempre era realizado no final do ano.
Para ele, a estabilidade na compra de bens duráveis era esperado, e não significa estagnação no faturamento dos setores de móveis e eletrodomésticos e sim o movimento preliminar desses setores no mês de dezembro. “A surpresa foi no ICH, que fechou com um número muito maior do que imaginávamos. Foi surpreendente, embora tenha sido injetado mais dinheiro na economia este ano do que no ano anterior”, finaliza Marcel Solimeo, economista da entidade (AI/ACSP).