A construção civil registrou demissões pelo 20º mês consecutivo. |
São Paulo – A construção civil registrou demissões pelo 20º mês consecutivo em razão do ambiente de crise econômica. Em maio, foram cortados 33,2 mil postos de trabalho no País. Com isso, o número total de pessoas empregadas na construção atingiu 2,798 milhões, o que representa redução de 1,17% em relação a abril.
No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, os cortes no Brasil chegaram a 106,1 mil vagas, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses até maio, as perdas totalizaram a 462,3 mil vagas. Os dados fazem parte da pesquisa realizada pelo SindusCon-SP, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Diante dos números negativos, o sindicato elevou sua projeção de perda de empregos na construção civil de 250 mil para quase 500 mil em 2016.
“Se esta projeção se confirmar, a indústria da construção terá suprimido 1,1 milhão de empregos formais no triênio entre 2014 e 2016, com todas as implicações econômicas e sociais negativas sobre o desenvolvimento do País”, afirmou em nota o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. “Mas isso ainda pode ser evitado com medidas imediatas, tais como investimentos emergenciais em infraestrutura da União, dos Estados e dos municípios”, ponderou.
Na avaliação por segmento, as obras imobiliárias tiveram corte de 1,58% no número de pessoas empregadas em maio ante abril. Em seguida vieram as obras de instalação (-1,55%) e obras de acabamento (-1,34%). Na análise por regiões, houve corte de vagas no Nordeste (-1,56%), Sudeste (-1,50%), Norte (-1,01%), Sul (-0,15%) e Centro-Oeste (-0,14%). O Estado de São Paulo, que concentra o maior número de trabalhadores no setor, teve recuo de 1,56% em maio ante abril, o equivalente à perda de 11,7 mil vagas (AE).