Foto: RomoloTavani/iStock Cerca de 39,9 milhões de brasileiros estão desprotegidos, por não terem tomado nenhuma dose da vacina. |
O Ministério da Saúde informou ontem (4) que, de 9 de junho até 31 de agosto, 2.753 casos de sarampo foram confirmados no país. No período, houve quatro óbitos, em decorrência da complicação do quadro de saúde dos pacientes, três em São Paulo e um em Pernambuco. Conforme destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, três dos mortos tinham menos de 1 ano de idade.
Ao todo, a pasta recebeu a notificação de 20.292 suspeitas da doença, das quais 2.109 foram descartadas. O restante ainda está sob investigação. Como prioridade, o governo estabeleceu a vacinação de todas as crianças com idade entre 6 meses e 11 meses e 29 dias, grupo em que a doença pode, facilmente, se tornar letal. Nesse caso, é aplicada a chamada dose zero. Outra recomendação é que, ao completar 1 ano de idade, as crianças recebam a primeira dose. A segunda dose é aplicada aos 15 meses de idade.
Oliveira avalia que há, atualmente, uma ‘tendência de estabilização no número de casos’. “Se não tivermos outros surtos, em outros locais, se essa estabilidade permanecer, vamos conseguir interromper as cadeias de transmissão. Temos que manter os municípios e os estados sem novos casos por 90 dias, pelo menos. Ainda é cedo para afirmar que tem uma queda. Há apenas uma tendência de queda baseada no perfil de positividade dos casos”.
Segundo o secretário, uma estimativa indica que 39,9 milhões de brasileiros estão desprotegidos contra o sarampo, por não terem tomado nenhuma dose da vacina. Para mensurar a faixa da população sem cobertura vacinal, o estudo analisou informações que compreendem o intervalo de 1994 a julho de 2019. Oliveira informou que, na semana passada, o governo obteve 17,8 milhões de doses da vacina contra sarampo (ABr).