Gerente de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. |
Brasília – A confiança dos empresários aumentou pelo terceiro mês consecutivo, levando o índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI)aos 47,3 pontos em julho, segundo divulgou na sexta-feira (15), a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O novo patamar está 10,1 pontos acima dos 37,2 pontos registrados em julho de 2015. Mesmo assim, o indicador continua abaixo da média histórica, de 54,3 pontos, e segue inferior à linha divisória de 50 pontos, que separa a percepção entre otimismo e pessimismo colhida entre os entrevistados.
A pesquisa mostrou ainda que a confiança é menor nas pequenas indústria e maior nas empresas de grande porte. De acordo com os dados, o ICEI ficou em 44,7 pontos nas pequenas empresas e, nas grandes, em 48,8 pontos. Segundo o índice, o setor mais pessimista é a indústria da construção, com 44,4 pontos. Nas indústrias extrativas e de transformação, o indicador ficou em 48 pontos. “As perspectivas dos empresários para os próximos seis meses também melhoraram”, afirmou a confederação.
Para a instituição, o indicador de expectativas em relação à situação das empresas e da economia subiu para 52,3 pontos em julho, o que mostra otimismo dos industriais. O indicador de expectativas está acima da linha divisória dos 50 pontos e é 10,3 pontos superior aos 42 pontos registrados em julho do ano passado. “A recuperação da confiança dos empresários é condição fundamental, mas insuficiente para a reativação da atividade. É preciso criar também condições para que as expectativas se materializem na economia real”, afirmou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
Na sua avaliação, além das medidas estruturais como o ajuste fiscal e a reforma da Previdência, a retomada do crescimento depende de ações que facilitem a operação das empresas no curto prazo (AE).