A empresa aeroespacial americana Boeing anunciou a suspensão da produção do avião 737 MAX, que foi impedido de voar em todo o mundo após dois acidentes fatais em pouco mais de quatro meses. Por meio de uma nota, a multinacional disse que a paralisação será temporária e entrará em vigor a partir de janeiro. Segundo a Boeing, não haverá demissões por conta da suspensão.
“O retorno em segurança do 737 MAX continua sendo nossa prioridade”, declarou a empresa, que em abril já havia reduzido a produção do modelo em 19%, passando de 52 para 42 aeronaves por mês. A suspensão parecia destinada a durar pouco, mas os 383 aviões já entregues pela Boeing não operam desde março, e não se sabe quando eles voltarão aos céus. A companhia aérea American Airlines acredita que não retomará seu uso antes de março de 2020.
As operações do 737 MAX foram suspensas após a queda de um jato da Ethiopian Airlines ter matado 157 pessoas perto de Adis Abeba, na Etiópia, em 10 de março deste ano. Antes disso, no dia 29 de outubro de 2018, um acidente parecido com a Lion Air já havia custado as vidas de 189 indivíduos na Indonésia. Há indícios de que os computadores de bordo fizeram o sistema de segurança do avião forçar seu nariz para baixo logo após a decolagem (ANSA).
