Área do shopping Olympia foi isolada pela força policial de Munique. |
Grupos simpatizantes ao Estado Islâmico trocaram mensagens através da rede de conversas Telegram afirmando que o ataque ocorrido em um shopping de Munique é uma espécie de “prévia” do que está por vir nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Alertas postados em grupos pró-Isis alertam que esse é um sinal indireto para os próximos ataques nas Olimpíadas do Rio”, escreveu em sua conta no Twitter a empresa de cyber inteligência Global Intelligence Insight.
Ainda de acordo com a Global, que monitora tanto as redes sociais dos grupos terroristas como o conteúdo existente na chamada “deep web”, os jihadistas ainda alertam para o Ocidente “para com os ataques da coalizão ou eles vão atacar diariamente”. A referência às Olimpíadas do Rio também tem como base o local onde foi realizado o ataque de sexta-feira (22). Em 1972, Munique foi palco do maior atentado terrorista da história dos Jogos, quando 11 atletas israelenses foram assassinados na Vila Olímpica.
A empresa alertou que o EI estava incitando seus “soldados” a fazerem ataques similares ao ocorrido na cidade naquele ano.
O caso reacendeu a preocupação com esse tipo de ação durante os Jogos Olímpicos, já que em 1972 a segurança foi “relaxada” para não passar uma imagem da Alemanha militarizada, como ocorreu nos anos em que Adolf Hitler esteve no poder e sediou a maior competição do mundo. O CEO do Comitê Olímpico Internacional (COI), Christophe Dubi, afirmou que o “terrorismo, infelizmente, é um fator com que temos que lidar” (ANSA).