No varejo físico brasileiro, as mudanças econômicas e sociais impactam diretamente no sucesso dos negócios. Para lidar com essa constante instabilidade que o mercado gera, é importante, portanto, que o varejista esteja habituado a analisar os dados extraídos dos indicadores de análise financeira, para saber exatamente quais deles realmente importam no seu dia a dia.
Essa expertise possibilita que as decisões de negócios a serem tomadas sejam muito mais assertivas. Quando falamos em indicadores financeiros, é importante ter em mente que, é por meio deles, que o varejista tem visão de curto, médio e longo prazo sobre o seu negócio, além de também serem extremamente importantes para auxiliar no trabalho do gestor financeiro.
Dentre os inúmeros indicadores financeiros do varejo, destacamos os 3 principais indicadores que você precisa conhecer e utilizar no seu dia a dia. Confira!
São eles:
• Ganho
• Despesa Operacional
• Investimento
1 — Ganho – O Ganho, ou Lucro Líquido é um indicador diferente do faturamento, já que não contabiliza apenas o total de vendas.
Nesse sentido, o Ganho é um indicador chave para o varejo físico, porque ele é responsável por medir não somente o total de vendas, como também o custo e a margem de lucro do varejista.
Por que medir apenas o faturamento não é a melhor solução
Sabemos que os produtos vendidos no varejo possuem custos e preços variáveis. Assim, caso o varejista analise apenas o faturamento, não saberá o real custo da venda de cada um dos produtos. Por exemplo:
Vamos imaginar que na última segunda-feira, o varejista de um supermercado faturou R$ 15.000,00 no dia, sendo que, destes 15 mil, R$ 2.000,00 foram em produtos importados. Em outro dia, o mesmo varejista vendeu os mesmo R$ 15.000,00, porém, o valor em importados foi de apenas R$ 1.000,00.
Qual dos dias o varejista mais faturou? Sem olhar para a margem de lucro, poderíamos dizer que nos dois, porém, a margem de lucro de produtos importados é mais baixa do que de outros itens. Ou seja: o varejista lucrou mais no segundo dia.
É importante também ressaltar que, ao contrário do faturamento, o ganho feito com base na margem de lucro do varejista, mostrará não somente o volume das vendas, como também o valor restante sobre as vendas após retirar os custos fixos do varejista.
2 — Despesa operacional – Outro indicador importante é referente às despesas operacionais. Essas despesas são referentes aos custos que não são variáveis no varejo, ou seja, tudo aquilo que se gasta/investe agora para ser transformado em lucro mais adiante.
Nestas despesas operacionais podemos listar:
• Folha de pagamento dos funcionários da loja;
• Aluguel da loja;
• Água, luz, internet, telefone;
• Investimento em segurança e tecnologia, como softwares ou soluções financeiras, como Sled Troco e Sled Saque;
• Manutenção do espaço;
• Entre outras despesas mensais.
Os custos operacionais no PDV, por exemplo, também devem ser somados e incluídos nas despesas operacionais. Ao somarmos todas as despesas operacionais, o varejista saberá exatamente quais são os seus custos para manter o negócio em pleno funcionamento.
A dica é utilizarmos o Ganho e as Despesas Operacionais para saber o valor de faturamento. Para isso, basta somar os ganhos e deduzir as despesas operacionais.
3 — Investimento – Investimento é um indicador financeiro que muitos varejistas costumam não dar atenção. Esse dado, porém, é importante para que o empresário saiba quanto dinheiro possui investido no seu negócio. No varejo físico, principalmente em supermercados, o grande investimento do varejista costuma ser o valor de mercadoria em estoque.
Porém, é comum que muitos varejistas somem e incluam o valor das mercadorias em estoque como ganho. O grande problema nessa prática é o fato dela não ser precisa, já que o valor ganho só deverá ser contabilizado quando, de fato, o estoque for vendido.
Ao considerarmos o valor em estoque como investimento, é importante que o varejista saiba fazer a correta gestão de estoque.
A gestão de estoque é essencial para garantir que o investimento do varejista seja otimizado da melhor maneira e, assim, diminuir as perdas e desperdícios, como de mercadorias vencidas. Segundo a pesquisa de perdas no varejo, realizada anualmente pela Abrappe, “as perdas representam 1,99% do faturamento líquido e 1,82% do faturamento bruto dos supermercados brasileiros.”
Dentre as maiores perdas no varejo, destacam-se as perdas relacionadas com estoque, principalmente com a contagem de produtos, o desperdício de produtos vencidos ou avariados.
E então, preparado para utilizar estes 3 indicadores no seu varejo?
Fonte e outras informações: (https://blog.sled.com.br/newsletter/).