O crescimento em maio foi influenciado principalmente pelo mercado doméstico, que cresceu 12%. Foto: Germano Lüders/Exame
A indústria brasileira de máquinas e equipamentos cresceu 15,1% em maio em relação ao ano anterior e 4,7% na comparação com abril, totalizando R$ 7,2 bilhões de receita líquida total. O dado foi divulgado ontem (25) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O crescimento em maio foi influenciado principalmente pelo mercado doméstico, que cresceu 12%. No acumulado entre janeiro e maio, o setor cresceu 7,5%.
“É um crescimento robusto, mas estamos olhando para maio do ano passado, quando teve a greve dos caminhoneiros. Estamos também trabalhando com uma base muito ruim. Para se ter ideia, de 2012 para 2015 o mercado caiu 50%. Estamos falando de 7,5% sobre 50% menos”, falou o presidente da entidade, João Carlos Marchesan. O balanço comercial do setor teve um saldo negativo de US$ 812,3 milhões em maio, o que representou recuo de 38% em comparação ao mesmo mês do ano passado.
Mas as exportações cresceram, atingindo US$ 740,92 milhões, incremento de 43,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, embora tenha ocorrido uma queda de 6,1% em relação a abril. As importações também cresceram em maio, 26,8% em relação a abril e 40,5% em relação a maio do ano passado. Mas o setor tem dúvidas de que esta melhora será mantida ao longo dos próximos meses.
O setor está otimista com a aprovação da reforma da previdência este ano. “Se for em torno de R$ 1 trilhão, isso já está de bom tamanho”, disse o presidente da entidade, que também citou a reforma tributária como essencial. “É preciso que haja investimentos do próprio governo e também que se trabalhe em uma agenda no dia seguinte. Aprovada as reformas, elas farão efeito a longo prazo e nós precisamos fazer a economia crescer já ”, disse o presidente da Abimaq (ABr).