O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou na sexta-feira (17), durante evento em São Paulo, que a retomada dos investimentos “é o próximo passo esperado para o País gerar crescimento sustentável no médio e no longo prazos”. Segundo ele, os esforços do governo na área de infraestrutura e na privatização são alicerces importantes para este crescimento sustentável. Ele participou na reunião plenária do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e voltou voltou a afirmar que o avanço do consumo tem sido um “instrumental” para a retomada da economia.
“A rápida queda da inflação elevou o poder de compra da população e ajudou a explicar essa recuperação via consumo”, pontuou. “Esse é um movimento calcado em bases mais sólidas do que no passado, pois se baseia em um aumento permanente de renda e na redução do endividamento das famílias ocorrido nos últimos dois anos”. Para ele, os dados mais recentes da economia também seguiram apontando para uma recuperação gradual.
“Até agosto, o índice de atividade econômica do Banco Central acumula crescimento de 0,3% no ano. A taxa de desemprego medida pela Pnad caiu para 12,4% no trimestre encerrado em setembro, após atingir o pico de 13,7% em março de 2017. Além disso, na avaliação de analistas de mercado, as estimativas de crescimento do PIB são de 0,7% para 2017 e 2,5% para 2018”, citou Goldfajn. Citou ainda a melhora no mercado de crédito. “As taxas de juros bancárias seguem em queda e se encontram em 27% ao ano para as famílias e 16% ao ano para as empresas”, afirmou. “Em paralelo às quedas nas taxas, o crédito às famílias vem aumentando”.
Goldfajn aproveitou para novamente citar uma série de medidas e iniciativas tomadas pela instituição no âmbito da Agenda BC+, para reduzir o custo de crédito e estimular a concorrência. Entre elas, citou a regulamentação da Letra Imobiliária Garantida, a criação do registro eletrônico de garantias para empréstimos, o enquadramento das instituições financeiras em diferentes segmentos, as consultas públicas para regulamentação de fintechs, a tramitação da proposta do novo cadastro positivo, o novo marco legal para punição de instituições financeiras e a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) (AE).
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