181 views 2 mins

Queda superior a 2,5% no desmatamento florestal em cinco anos

em Manchete Principal
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Presidente Michel Temer, ontem (27), acompanhado do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, e ministros, durante Cerimônia de Anúncio de Investimentos em Ações para Redução dos Efeitos da Seca.

Presidente Michel Temer, ontem (27), acompanhado do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, e ministros, durante Cerimônia de Anúncio de Investimentos em Ações para Redução dos Efeitos da Seca.

O Mapa de Cobertura e Uso da Terra no Brasil, com dados até 2014, indica significativa redução do desmatamento florestal no país. O processo de desflorestamento, que já havia caido 1,8% de 2010 a 2012, reduziu mais 0,8% entre 2012 e 2014. O estudo do IBGE, divulgado ontem (28), destaca que nos três últimos anos analisados houve alterações de 4,6% na cobertura do território brasileiro, com ligeiro aumento em relação aos 3,5% de alterações verificadas de 2010 a 2012,
O estudo ressalta que, de forma geral, prossegue a expansão da agricultura, das pastagens com manejo, da silvicultura e das áreas artificiais, além de continuarem as reduções nas áreas com vegetação natural não-arbórea, predominantes nos biomas Cerrado e Caatinga, bem como na pampa gaúcha. A redução das pastagens naturais se intensificou, passando de 7,8% (2010-2012) para 9,4% (2012-2014). “Nota-se uma tendência de expansão das áreas agrícolas e das pastagens com manejo, preferencialmente sobre as áreas de pastagens naturais”, ressalta o IBGE.
Outra importante constatação na publicação do IBGE diz respeito ao expressivo crescimento de 23,8% das áreas voltadas para a silvicultura (florestas plantadas), de 2012 a 2014, comparado ao aumento de 4,6% no triênio anterior. O relatório indica que as áreas de silvicultura cresceram especialmente nos terrenos de pastagens, naturais ou com manejo. “Os aprimoramentos técnicos no mapeamento “ foram responsáveis por cerca de 50% do “expressivo acréscimo” nas áreas de silvicultura, pois houve melhora na qualidade das imagens captadas em 2014, com redução de nuvens em algumas regiões do país, como o litoral do Nordeste”, de acordo com a análise técnica.
Em contrapartida, o relatório constatou continuação da expansão das áreas de uso agrícola, com taxa de crescimento praticamente no mesmo patamar, com ligeiro declínio de 8,6% (2010-2012) para 8,2% (2012-2014). Também houve significativa redução na taxa de crescimento das pastagens com manejo, que caiu de 11,1% (2010-2012) para 4,5% na mesma base de comparação. Segundo o relatório do IBGE, “essa desaceleração está ligada, principalmente, à conversão de pastagens em áreas agrícolas e, numa proporção menor, em áreas de silvicultura” (ABr).