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Prisão impede Wesley de voltar a ‘práticas ilícitas’, afirma juíza

em Manchete Principal
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
O executivo do grupo J&F, Joesley Batista, retornou para a Superintendência da Polícia Federal no bairro da Lapa.

O executivo do grupo J&F, Joesley Batista, retornou para a Superintendência da Polícia Federal no bairro da Lapa.

São Paulo – A juíza Tais Ferracini, convocada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), afirmou, em decisão, que a manutenção da prisão do empresário Wesley Batista vai “garantir a ordem pública e impedir que volte a praticar ilícitos penais”. O executivo foi preso na quarta-feira (13), na Operação Acerto de Contas, 2ª fase da Tendão de Aquiles.
Joesley Batista, irmão de Wesley, também tem contra si um mandado de prisão preventiva da Tendão de Aquiles. Os empresários são investigados por suspeita de manipulação do mercado financeiro e de moeda americana usando informações privilegiadas de sua própria delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.
“A custódia cautelar irá garantir a ordem pública e impedir que o paciente volte a praticar ilícitos penais. Trata-se de delito grave, cujo bem jurídico tutelado é a ordem econômica. Há que se ponderar que o paciente, nos termos dos indícios apontados em investigação, no curso de negociações em que se comprometia a oferecer toda a verdade ao Ministério Público Federal, bem como a não voltar a delinquir, praticou os atos ora em análise”, afirmou a juíza.
A decisão de transferir Joesley Batista para São Paulo foi tomada pela Polícia Federal por questões de segurança, segundo a defesa do empresário. Ricardo Saud, executivo do grupo também preso desde domingo, deve ser levado da carceragem da PF em Brasília para o complexo penitenciário da Papuda. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que não solicitou as transferências, apenas foi avisado e acatou.
“Temos uma preocupação muito grande com a segurança deles, mas quero ressaltar que a defesa não requereu absolutamente nada. Essa foi uma decisão da PF que nós simplesmente acatamos. Eu confio na PF, que tem competência e expertise para saber qual o melhor lugar para eles, até porque a responsabilidade sobre isso é dela”, disse (AE).