Adriana Martins
Este ano será decisivo não apenas para a retomada do crescimento econômico brasileiro mas também para a priorização da gestão ética e para a integridade, com o real compromisso dos setores público e privado para a boa governança, probidade administrativa e conformidade com leis e normas, além do esforço contínuo de líderes, empresas e sociedade no combate à corrupção.
A BRG Brasil Consultoria atua fortemente nas áreas de investigações, gestão de riscos, governança e prevenção de fraudes corporativas. Desde 2016, é o braço local do Berkeley Research Group, grupo mundialmente reconhecido pelo expertise e reputação de seus profissionais em mais de 45 escritórios nas áreas de Investigações Globais e Inteligência Estratégica, Governança Corporativa, Conformidade com leis nacionais e internacionais de Combate à Corrupção, Suporte à Litígios, Arbitragens, Construção e Projetos de Capital/Energia, entre outros serviços de importância primeira em mercados emergentes.
Denise Debiasi, Country Manager no Brasil, afirma que o objetivo da empresa em 2020 é crescer junto com a forte demanda das instituições por mecanismos que garantam a governança e o compliance, que previnam fraudes e promovam a segurança e proteção de dados, bem como a adequação às exigências técnicas, regulatórias e de qualidade nos segmentos alimentício, de agro-negócios, de serviços e manufatureiro como um todo.
A BRG Brasil possui lideranças com expertise em cada uma dessas áreas, o que a posiciona estrategicamente em um mercado expoente como o brasileiro, em especial neste momento de retomada econômica em que se encontra.
Na opinião de Denise, os indicadores econômicos do país vêm apresentando significativa melhora nesse início de ano, no entanto, para se promover um ambiente de negócios favorável a investimentos em serviços básicos e de infra estrutura urgentes (como saúde, agricultura, educação, segurança, mobilidade, energia, sustentabilidade…) os setores público e privado precisam fazer sua lição de casa investindo em processos e controles que garantam as bases para a boa governança corporativa e de relações com investidores.
Em contrapartida, a líder da BRG no Brasil vê riscos internos e externos que podem ameaçar a recuperação da economia e da atratividade do Brasil para investimentos estrangeiros, sendo os principais: volatilidade global com a complexa geopolítica atual, a possibilidade de impeachment e as eleições presidenciais nos Estados Unidos no segundo semestre do ano, ameaças ao livre comércio com o acirramento das políticas protecionistas principalmente entre China e EUA, Reino Unido e União Européia (pós BREXIT), além das crises potenciais no Oriente Médio e o impacto do Novo Corona vírus nos transportes de passageiros e de cargas, no turismo e bolsas mundiais e outros possíveis desdobramentos incomensuráveis.
A instabilidade intrínseca do próprio Brasil também preocupa em relação aos excessos dos poderes executivo, legislativo e judiciário; ao enfraquecimento do suporte necessário às operações da Lava-Jato na tentativa de manter o “status quo”; a postergação de regulamentações sob forte expectativa externa, como a LGPD.
Outro fator de risco são as “pseudo” investigações de casos críticos para a credibilidade e transparência do governo, como a dos favorecimentos dos programas do BNDES em gestões passadas e principalmente a falta de cobrança da sociedade brasileira quanto a transparência e ética institucionais nas esferas política, judicial, pública e privada.
Tais ameaças podem minar os efeitos das reformas e avanços em prol de um ambiente de negócios competitivo e íntegro, que favoreça o crescimento da economia e dos investimentos para sanar a demanda reprimida e a carência de serviços básicos e necessários à população.
Nas palavras da Country Manager da BRG Brasil, o custo maior da corrupção, da falta de governança e conformidade com as leis que regem a economia e sociedade de um país, não é somente a falta de confiança internacional e rebaixamento nos ratings de investimento, mas sim as mazelas sociais do povo brasileiro em consequência dos desvios dos recursos em todas as esferas dos serviços essenciais (públicos ou privados) que deveriam ser a base do bem estar da sociedade.