Chefes de Estado e de Governo dos países que compõem o Brics, reunidos na 10ª Cúpula do bloco, em Joanesburgo. Foto: Mike Hutchings/Reuters
Os chefes de Estado dos países-membros do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – afirmaram, em declaração conjunta, que se comprometem com o fortalecimento das relações internacionais para o desenvolvimento econômico com foco no bem-estar da população. Eles alertaram para o crescente protecionismo comercial e condenaram ações terroristas e de violação de direitos humanos em áreas de conflito. O grupo responde por 23% do PIB e 18,2% do comércio mundiais. Em dez anos, o comércio entre os países do bloco evoluiu de US$ 92 bilhões para US$ 288 bilhões.
Os líderes do Brics, entre eles o presidente Temer, reunidos na 10ª Cúpula do bloco, em Joanesburgo, na África do Sul, tiveram como tema a colaboração para o crescimento econômico inclusivo e prosperidade compartilhada na quarta revolução industrial. No documento, apresentado ontem (26), os chefes de Estado reafirmaram o compromisso com princípios do multilateralismo, do respeito mútuo entre as nações, com a democracia e com a legislação internacional e apoiaram o papel central da ONU na manutenção da paz mundial, da segurança e na proteção dos direitos humanos.
Mas, ressaltaram a necessidade de reformar a organização, incluindo o Conselho de Segurança, de forma que se torne mais representativa e eficiente. Também reiteraram o compromisso com a agenda de objetivos do desenvolvimento sustentável e na adoção de medidas para cumprir o Acordo de Paris. Em destaque, ainda, os esforços empreendidos para promover ações focadas em áreas como energia, agricultura, acesso à água, proteção da biodiversidade e questões relacionadas aos desafios crescimento populacional.
O documento também condena todas as formas de terrorismo, incluindo ameaças de ataques químicos e biológicos. E reiteraram a necessidade de renovação dos esforços diplomáticos para pacificar as relações entre os países em crise. Em referência aos refugiados das áreas de conflito, fizeram apelo às nações para que respeitem a legislação internacional e não violem direitos humanos. Os chefes de Estado elogiaram os acordos firmados nas áreas de infraestrutura, aviação regional, alfândega, taxação e turismo, entre outros, para facilitar transações comerciais e pessoais entre os países.