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O que faz uma venture builder? O modelo e as oportunidades de carreira

em Manchete Principal
terça-feira, 21 de junho de 2022

O mercado está em constante mudança, bem como os modelos de negócios, que se encontram cada vez mais impulsionados pela tecnologia, globalização e informação. Entre as inúmeras opções de carreira, destacam-se as voltadas para os investimentos e empreendedorismo, entre elas está o Venture Builder (VB) que tem conquistado espaço entre os brasileiros.

Apoiar empreendedores e fundadores no processo de criação e desenvolvimento de suas startups é o papel principal de uma venture builder. Fernando Castro, cofundador e CEO da Unicorn Factory, venture builder que ajuda startups a serem bem-sucedidas por meio de soluções inovadoras, conhecimento e uma rede efetiva (smart) de acreditadores, mentores e investidores, aponta que o negócio se dá colocando a ‘mão na massa’.

“Além de atuarmos no dia a dia da empresa, diferentemente de outros agentes de inovação do mercado, uma venture builder atua diretamente com os fundadores, cocriando os negócios. Fazemos isso na Unicorn Factory por meio da Metodologia Cake, a qual tem a missão de fortalecer os pilares essenciais das startups e atuamos como co-founder do projeto, em outras palavras, nosso sucesso depende do sucesso da startup. Além disso, tem a inserção do negócio ao ecossistema, geração de valor por meio do know-how, rede smart e acesso a investidores”, diz o empreendedor.

O venture builder é um tipo específico de negócio, normalmente confundido com outros programas. Fernando explica que o negócio é diferente de uma incubadora, que tem por princípio promover o desenvolvimento econômico, assim como também difere das aceleradoras, que aceleram a startup criando negócios com ROI positivo.
“Uma VB aporta conhecimento e sistemas orientados às dores do negócio e tem por objetivo que a startup tenha sucesso, aumentando o valuation do empreendimento ao longo do tempo”, destaca.

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Para desenvolver e escalar negócios, o CEO aponta que sempre busca descobrir qual direção a empresa pretende seguir, validando produtos e soluções, desenvolvendo modelos de negócios, formando time e conectando a startup com o ecossistema e possíveis investidores.

“Olhando para os dados de mercado, sabemos que 70% das startups que passam por uma venture builder chegam ao investimento seed, 60% a uma rodada series A, e até 50% delas são adquiridas ou abrem IPO. Na média, em menos de 1 ano já estão prontas para uma captação seed e em pouco mais de 2 anos para uma rodada series A. Em contrapartida, quando a startup não conta com essa ajuda, é necessário mais do que o dobro de tempo para acessar essas rodadas de investimento”, aponta.

. O maior desafio do modelo de negócio e como ser notado – Empreendedores e projetos aparecem diariamente em uma venture builder. Mesmo acreditando que poderão ser incríveis, nem sempre eles estão aliados com a tese da empresa, o que torna a palavra ‘não’ ser um dos principais desafios. “Além disso, encontrar negócios que tenham fundadores e time comprometidos, produto, mercado e tecnologia escalável é quase um combo utópico, mas perseguimos essa utopia. Conectar os empreendedores com o que está acontecendo lá fora é outro desafio, mas enriquecedor para o processo de desenvolvimento do negócio”, diz Fernando.

Antes de iniciar os trabalhos com uma VB é preciso entender que existem modelos de negócios diferentes, como as que atuam com laboratórios de inovação; as que querem resolver apenas o problema de uma área dentro da startup; venture builders que atuam por verticais ou por estágio de negócio; e as com foco em inovação corporativa, normalmente conhecidos como Corporate Venture Builder e que têm como missão ajudar grandes corporações a evoluir no tema inovação.

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Cada uma delas tem características singulares e critérios para a seleção de startups. Além de atentar-se ao modelo de negócio e ao foco das VBs, Castro aponta que a maneira mais fácil de conseguir ser visto por uma venture builder é entrando em contato diretamente com o time por trás do empreendimento e aplicando em seus programas. Geralmente investidores pessoas físicas, family office, grandes corporações, bem como fundos de investimentos em capital de risco, investem em venture builders.

Classificada como uma excelente forma de investir por dois fatores, sendo o primeiro a diversificação: o investimento é feito em mais de uma startup ao mesmo tempo. E em segundo, é colaborar com a experiência da venture builder para cocriação de negócios, amenizando o risco de insucesso da startup, gerando ainda mais segurança ao investidor.

. Oportunidades de carreira dentro de uma venture builder – São diversas as oportunidades para trabalhar no ecossistema de uma VB. É possível atuar como colaborador dedicado à construção de empresas inovadoras e bem-sucedidas, como advisor ou ainda fazer parte do programa de mentoria, ajudando fundadores a superar desafios e obstáculos por meio do compartilhamento de experiências já vividas.

“É desafiador trabalhar em uma venture builder, parafraseando o empresário, Jeff Bezos, falamos sempre que todos os dias é “Day One”, isso porque trabalhamos com empreendedorismo e somos desafiados a sermos melhores todos os dias. Não há espaço para mediocridade. Olhamos para pessoas que não tenham preguiça de arregaçar as mangas e trabalhar em diversas frentes ao mesmo tempo, que estão inconformadas com o status quo e que sejam curiosas por natureza”. – Fonte e outras informações: (https://www.unicornfactory.com.br).