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O passo a passo para ter uma embalagem eficiente no delivery

em Manchete Principal
quinta-feira, 31 de março de 2022

Muito mais que acondicionar e proteger os alimentos, a embalagem faz parte da estratégia dos restaurantes que atuam com diferentes tipos de gastronomia. Causar uma ótima primeira impressão, além de manter as propriedades do alimento, são fatores essenciais para um bom atendimento e a fidelização do cliente.

Ou seja, a embalagem é o primeiro contato do seu produto com o consumidor, sendo capaz de causar efeitos positivos ou negativos, que impactam em toda a percepção que ele terá do produto em termos gerais.

Levando tais fatores em consideração, a Galunion, consultoria especializada no mercado de Food Service, fez uma análise sobre o tema e separou algumas dicas para que os restaurantes acertem na forma de embalar diferentes ofertas para os consumidores e prover uma experiência memorável.

Para detalhar melhor a visão dos consumidores sobre o serviço de delivery, a AlmoçoGrátis efetuou uma pesquisa em parceria com a Galunion Consultoria.

Ao longo de pesquisas com 3.032 pessoas entrevistadas, sendo 54% mulheres e 46% homens, as empresas desenvolveram o levantamento chamado “Percepções do Delivery na Pandemia”.

Segundo os dados, a embalagem é algo que também tem influenciado bastante na escolha dos clientes, visto que 66% preferem embalagens que mantenham a qualidade do produto, mesmo que essa embalagem impacte um pouco o preço, e 27% optam por uma embalagem mais simples, desde que deixe o produto com preço mais barato.

Na mais recente pesquisa, vimos que a embalagem chegar avariada na casa do consumidor é um dos cinco principais motivos que leva o cliente a não voltar a comprar por delivery em um estabelecimento. Fora isso, o impacto das embalagens escolhidas no meio ambiente também se mostrou importante, já que 64% dos respondentes indicaram que o uso de produtos, processos e embalagens que respeitem o meio ambiente não só valoriza a marca, mas influencia na sua decisão de compra.

Imagem: Ivan Babydov de Pexels_CANVA

“É preciso ter em mente algumas questões, como o visual e a atratividade da embalagem, que serão responsáveis pela primeira impressão do cliente, afinal, a embalagem também ajuda a vender. A qualidade do alimento no transporte precisa ser garantida, pois isso complementará a primeira impressão e a integridade do produto. E, por fim, ela deve ser capaz de transmitir os valores da empresa, benefícios do produto e entregar o propósito da marca, construindo sua credibilidade”, revela a fundadora e CEO da Galunion, Simone Galante.

Em meio ao cenário atual, os restaurantes precisam impressionar, criar boas experiências e vínculos com o cliente sem nenhum tipo de contato físico, por meio do delivery. Com consumidores cada vez mais exigentes, investir em uma embalagem desenvolvida para o seu negócio e a viagem para determinado tipo de comida torna-se uma ferramenta para criar apelo emocional e se diferenciar da concorrência.

Veja quais são as dicas que a consultoria formulou para auxiliar empresas que atuam com alimentação fora do lar.

  1. – Foque na experiência e nos pequenos detalhes. Como você gostaria de receber seu delivery? Quais atitudes no serviço e características da embalagem demonstram preocupação com o cliente, e não apenas com a venda do produto? Você valorizaria o restaurante que estabelece um diálogo com você ou aquele que sequer sabe seu nome? Escrever um bilhete ou enviar um agrado, como uma amostra grátis, é uma maneira de se conectar.

Mas esta é apenas uma possibilidade dentre tantas outras. Ou seja, entender tais possibilidades exige profundo estudo do seu cliente atual e cliente-alvo, além do entendimento de que o consumidor deve obter uma experiência sensorial completa. Você deve estimular os cinco sentidos da melhor maneira possível, sobretudo a visão, o paladar e o olfato.

Como você preferiria receber uma porção de batatas fritas: crocantes e sequinhas, ou murchas e úmidas? É fundamental avaliar todos os tipos de material existentes para embalagens e como você pode utilizá-los a favor de cada alimento, já que possuem exigências específicas. Separamos algumas dicas para alimentos específicos:

  1. – Sanduíches – É importante pensar em proteger a estrutura do lanche, para que não desmonte. Portanto, embalagens que “abracem” o produto, como caixinhas de papel cartão ou mesmo lâminas de papel (com ou sem alumínio) são ideais por conservarem tanto a temperatura como a estrutura. Vale ainda considerar um tratamento nos materiais como repelentes de gordura e umidade.

Para uma experiência mais sofisticada, considere embalagens com dois compartimentos: um para o pão e os ingredientes frios, e outro para os ingredientes quentes. Dessa forma, o consumidor pode juntar as duas e ter uma melhor experiência.

  1. – Acompanhamento de sanduíches, como batatas fritas – Nesse caso temos um dilema: se a embalagem é fechada, mantemos a temperatura, mas o vapor do produto pode murchá-lo. Se mantivermos aberta, vai esfriá-lo. Logo, consideramos que a melhor opção para produtos fritos (batatas, frango etc.) é uma combinação de embalagens fechadas com ventilação. Estes acompanhamentos costumam ser consumidos com molhos, então lembre-se de oferecê-los preferencialmente em blisters ou potinhos plásticos.
  2. – Saladas – O frescor é fundamental para uma excelente experiência, logo, a temperatura deve ser mantida a mais baixa possível. É importante também que os itens frios estejam isolados dos itens quentes. Os legumes e vegetais precisam estar soltinhos, pois se foram apertados, amassam e perdem o frescor. Os molhos são os grandes diferenciais nas saladas, portanto não deixe de oferecê-los e enviá-los separados em potinhos com tampa ou sachês.

É importante pensar como o cliente vai consumir a salada. Se o consumidor estiver em sua casa, ele pode transferir a salada e a proteína para um prato. Já nas ocasiões em que estiver em outro local, terá que consumi-la na própria embalagem, e essa deve oferecer a experiência de ter todos os ingredientes bem harmonizados no mesmo recipiente para o consumo.

Imagem: Mikhail Nilov de Pexels_CANVA
  1. – Refeições com proteína e acompanhamentos – Os pedidos de pratos com diversos componentes são muito comuns para compor uma refeição. Em muitos casos, cada um dos componentes se comporta de uma maneira diferente durante o transporte. O arroz e a farofa, por exemplo, são secos, já o feijão é líquido, a carne pode soltar sucos, e a batata pode perder a crocância.

É comum, portanto, que os restaurantes embalem cada componente de forma individual, para garantir as suas propriedades. Mas como fica a experiência do consumidor se não estiver em sua casa? Temos que oferecer alternativas para que o cliente, que podem vir por meio de modelos bentô box ou mesmo com a solução de enviar um prato adicional descartável para o consumo final.

  1. – Sushis e similares – Os sushis acabam tendo um destaque interessante quando são transportados em embalagens com fundo preto e tampa transparente, demonstrando suas cores e toda a arte no seu preparo. O desafio neste caso é encontrar embalagens ecológicas, como as de plástico de origem vegetal, ou mesmo cartonadas que transmitam a mesma experiência de um sushi bar.

Os temakis, que ficaram muito conhecidos e apreciados em nosso mercado, além do transporte, têm um desafio de manter a alga nori crocante no momento do consumo, pois o contato com o peixe e o arroz contribuem para umedecê-las.

Para resolver esta questão, já é comum encontrar formas de proteger a alga com um filme plástico (de origem vegetal) que evita o contato entre a alga e os ingredientes até o momento do consumo, quando o consumidor facilmente retira este filme e pode apreciar seu temaki bem crocante. – Fonte e outras informações, acesse: (https://www.galunion.com.br/).