Na ONU, tocando em temas como armas nucleares, terrorismo, crise imigratória e mudanças climáticas, o presidente Michel Temer fez ontem (19) o discurso de abertura da 72ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, e pediu uma reforma do organismo e do Conselho de Segurança.
Temer foi o primeiro chefe de Estado e de Governo a subir ao palanque, mantendo uma tradição da ONU desde 1947 de ter o Brasil como o país responsável pela abertura dos trabalhos.
Em seu discurso, exaltou os pilares da democracia brasileira e fortaleceu a imagem do país como um candidato importante a assumir postos de interlocução na ONU e no Conselho de Segurança. “Sustentamos, ao lado de tantos outros países, o imperativo de reformar as Nações Unidas. É necessário reformar o Conselho de Segurança para enfrentar os desafios do século XXI”, disse.
O brasileiro citou os compromissos do Brasil em promover a democracia, o diálogo diplomático e o desenvolvimento sustentável. “O desmatamento é questão que nos preocupa, especialmente na Amazônia. Temos concentrado atenção e recursos”, comentou. Temer também exigiu que as potências nucleares assumam mais responsabilidades e assinem o acordo de não-proliferação. “Possuindo a tecnologia nuclear, o Brasil abriu mão de possuir armas nucleares”, comentou. Referindo-se às ameaças e testes nucleares a Coreia do Norte, Temer disse que “o Brasil condena veementemente esses atos.
Abordando temas da agenda internacional, também defendeu no palanque a solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina. Sobre a crise na Síria, defendeu uma solução “política” e um mecanismo integrado de prevenção de conflitos. Condenando diretamente os atentados terroristas pelo mundo e o surgimento de organizações extremistas, o presidente brasileiro chamou os atos de “violência covarde” do terrorismo.
Temer também prometeu que o Brasil atuará cada vez mais na prevenção e no combate de crimes de fronteira, mas que não fechará as portas para imigrantes e refugiados. “Mas a situação dos direitos humanos na Venezuela, lamentavelmente, continua a se deteriorar. Não há mais espaço para alternativas à democracia”, disse Temer (ANSA).
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