Embora esteja mais preocupado em pagar as dívidas e pouco confiante de que a situação financeira particular vá melhorar em breve, o consumidor está pouco a pouco recuperando o otimismo em relação à economia brasileira. É o que aponta o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado na última sexta-feira (24), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No geral, o Inec melhorou 0,6% em fevereiro em comparação a janeiro, passando de 103,8 pontos para 104,4 pontos. É uma marca ainda inferior à média histórica de 108,7 pontos, mas que mantém a tendência a uma elevação gradual. Em dezembro de 2016, o índice alcançou 100,3 pontos. Já se comparado a fevereiro de 2016, o resultado foi 5,8% melhor.
Já os indicadores de endividamento, renda própria e situação financeira caíram em relação a janeiro. “Isso indica que, apesar do otimismo em relação aos preços e ao emprego, os brasileiros estão mais endividados e pouco confiantes de que sua renda e sua situação financeira irão melhorar no futuro próximo”, destaca a CNI.
Quanto maior o índice, maior o percentual de respostas positivas, ou seja, maior o percentual de pessoas que apostam em queda da inflação e do nível de desemprego, aumento da renda pessoal e das compras de bens de maior valor, com melhora da situação financeira das famílias ou menor endividamento.
Metade dos itens que compõem o INEC teve crescimento em fevereiro: compras de bens de maior valor (3,6%), inflação (3,0%) e desemprego (2,2%). Na comparação anual, a alta da expectativa em relação à redução da inflação é de 16%, patamar 4,8% acima da média histórica.
Pesquisadores do Ibope ouviram 2002 entrevistados em 143 cidades, entre 16 e 20 de fevereiro (ABr).
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