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Meirelles diz que Brasil vive clima de pessimismo exagerado na economia

em Manchete Principal
sexta-feira, 26 de maio de 2017
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante palestra no 89º Encontro Nacional da Indústria da Construção.

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante palestra no 89º Encontro Nacional da Indústria da Construção.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na sexta-feira (26) que se instalou um clima exagerado de pessimismo no país em relação à economia. “Nós temos uma tendência, em determinados momentos em que as notícias são todas boas, de colocar um otimismo exagerado, o que é negativo porque leva a decisões equivocadas. Em alguns momentos, [de colocar] um pessimismo exagerado também. É importante serenidade e equilíbrio nesse tipo de situação”, afirmou.
Para ele, o Brasil está discutindo e aprovando reformas importantes, como a trabalhista e a da Previdência, a Lei do Teto de Gastos e a da governança das estatais, que estão colocando o país no rumo do crescimento. “É um momento em que o equilíbrio é importante”, reforçou. Meirelles participou do 89º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), em Brasília, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e realizado pelo Sinduscon-DF.
O ministro apresentou aos empresários dados econômicos e destacou as boas perspectivas para a economia brasileira. Para ele, a crise política que o governo do presidente Temer vive nas últimas semanas não vai atrapalhar a continuidade do crescimento que o país vem registrando, nem a aprovação das reformas e projetos. “Isto é, cada vez mais, uma agenda nacional. A minha hipótese de trabalho é de continuidade [do governo Temer]”, disse.
Segundo Meirelles, com a estabilização da economia e as reformas, o Brasil tem condições de sair da crise e voltar a crescer em média 2,3% ao ano, nos próximos anos. “Com as reformas microeconômicas, que também estamos propondo, e a diminuição do tamanho do Estado, podemos aumentar essa taxa de crescimento potencial para os anos seguintes e chegar a um número entre 3,5% e 4%. Aí, sim, entrar em uma rota de crescimento robusto”, explicou.
Ele listou outras medidas que estão em gestação, como mudanças no cadastro positivo e a nova lei de recuperação judicial, que deverá ser enviada ao Congresso Nacional em junho. “Estamos entrando em processo visando diminuição do custo Brasil”, completou (ABr).