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Meirelles avalia que lista de Fachin não vai prejudicar votação das reformas

em Manchete Principal
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o cronograma de votação da reforma está mantido.

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o cronograma de votação da reforma está mantido.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, descartou ontem (12), o risco de atrasos na votação das reformas depois da divulgação da lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, de inquéritos abertos contra ministros e políticos aliados do governo. Ele disse que a lista não muda o foco das reformas e antecipou que os técnicos da área econômica do governo estão calculando o impacto da proposta, para a regra de transição no parecer da reforma da Previdência que será apresentado aos líderes no próximo dia 17.
Seria fixado como patamar de idades mínimas na transição 50 anos para mulheres e de 55 anos para homens. Alguns pontos do relatório, no entanto, ainda poderão ficar pendentes de discussão. “Estamos fazendo a conta agora exatamente para ver o impacto. Vamos ver exatamente como é antes de chegar a conclusões precipitadas”, disse o ministro, para quem o cronograma de votação da reforma está mantido. Numa avaliação pragmática do impacto da lista nas votações do Congresso, o ministro disse que é pouco provável que deputados deixem de votar qualquer projeto por causa da lista do ministro Fachin.
Sobre a reação negativa do mercado à divulgação da lista, o ministro enfatizou que a preocupação dos analistas é com o risco de atraso nas reformas. “O mercado não tem opinião sobre a lista. O que o mercado se preocupa é se a lista vai ou não prejudicar a votação das reformas. Isso é normal. A minha avaliação é que não vai prejudicar”, disse. Segundo ele, o Congresso vai continuar funcionando normalmente.
“A lista é uma lista de abertura de inquérito, é um processo longo em que os congressistas e outras autoridades e empresários vão se defender no processo investigativo”, ponderou. Meirelles acrescentou que a orientação do presidente Temer nesse momento é continuar trabalhando, esclarecendo, focando agora no relatório da Previdência. O trabalho, disse ele, continua normalmente dentro do cronograma e descartou mudanças no abono salarial para compensar as concessões que estão sendo feitas na reforma (AE).