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Logística interfere no resultado da empresa e na satisfação do cliente

em Manchete Principal
quinta-feira, 03 de novembro de 2022

Assim como fornecedores de diversas áreas, escolher o operador logístico não é uma função fácil. Ainda mais em temos das exigências cada vez maiores dos consumidores, como entregas rápidas, por exemplo. Os operadores logísticos representam atualmente um mercado global de cerca de US$ 1 trilhão. São eles os responsáveis pelas operações de transporte, movimentação e armazenagem.

“Na seleção de prestadores de serviços logísticos, o relacionamento continuado e duradouro é um bom indicador de que a contratante pode ter feito a escolha certa”, afirma o engenheiro e administrador Edson Carillo, sócio fundador da Connexxion Consulting. Segundo ele, operadores logísticos terceirizados, também conhecidos com 3PL, são especializados no que fazem e trazem solução segura, eficiente e eficaz aos seus clientes.

Para se ter uma ideia, montadoras de automóveis, chegam a ter mais de 30 prestadores de serviços logísticos em suas operações. Isto é, são empresas orientadas as suas atividades essenciais as quais precisam de soluções e sistemas de informações que permitam a gestão eficaz de suas cadeias de abastecimento.
Contudo, a decisão por terceirização pode não ser tão clara o que pode culminar com uma grande possibilidade de insucesso no cumprimento dos requisitos pelo prestador de serviços. Assim, o primeiro passo é a validação estratégica da decisão por terceirizar as atividades logísticas e o alinhamento desta decisão, aconselha Carillo, ao explicar que a maioria das empresas utiliza serviços terceirizados com vistas a redução dos custos.

Imagem: Jirsak_CANVA

Também é frequente elas considerarem sua adoção para outras situações, como melhoria do nível de serviço, acesso a tecnologias, em especial de TI – Tecnologia da Informação e ainda para acesso a novos mercados. “Por outro lado, a decisão pela não terceirização deve-se ao fato de as empresas consideram sua logística uma vantagem competitiva. Assim, define estrategicamente que devem ter controle destas atividades”, avalia, ao passar 10 etapas da escolha. Confira:

  1. Defina estrategicamente qual o papel de sua logística e quais as oportunidades de terceirização. Estabeleça uma equipe que identifique seus requisitos atuais e futuros e como sua estrutura atual poderá atender a estes requisitos e quais são os planos de ajustes; isto é, planos para aquisição de novos sistemas, equipamentos, entre outros.
  2. Faça uma análise crítica dos pontos fortes e fracos de suas operações e como melhorar seus processos. Isto também permite estabelecer os parâmetros para a contratação, como níveis de desempenho realizado e esperado, gastos atuais e gasto-alvo, entre outros.

Ainda, nesta etapa definimos como será estruturada a terceirização; isto é, considerando que alguns 3PLs são melhores em transporte, outros em armazenagem ou em outras atividades, deve-se estabelecer os limites da terceirização.

Isto é, qual o papel do prestador de serviços e, principalmente, qual será o papel de sua empresa nas atividades terceirizadas. São situações como essas que levam empresas a terem mais de um prestador de serviços logísticos.

  1. Estabeleça uma relação dos possíveis 3PLs, aqueles capazes de atender aos seus requisitos. Não é muito frequente, mas desejável, a emissão de um formulário para informações a ser encaminhado a um número maior de operadores logísticos a fim de preencherem e responderem para uma análise mais profunda.
  2. Especifique os processos, requisitos e tudo o que vai fazer parte do contrato. Apesar de todas as etapas terem sua relevância, podemos considerar esta como a mais significativa já que, neste momento, vamos definir o que queremos do prestador de serviços. Aqui devemos relacionar absolutamente tudo e não podemos permitir espaço para dúvidas ou indefinições.
  3. Análise das propostas recebidas. É fundamental que todas as propostas estejam na mesma base; isto é, que os candidatos tenham entendido claramente qual o objeto e objetivo da terceirização, que tenham respondido exatamente sobre esses requisitos e, consequentemente, os custos associados.
  4. Due diligence. Sugere-se que pelo menos duas empresas sejam consideradas após a análise. Elas passarão para a etapa de due diligence, quando fazemos uma avaliação detalhada das operações das proponentes, consultamos alguns de seus clientes, entrevistamos seus executivos e, inclusive, passamos a negociar questões, inclusive os valores oferecidos.
  5. Escolha do 3PL. Aqui já temos o prestador de serviços escolhido e passamos para a fase de formalizações do contrato e da formação equipe de implementação, que deve ser composta por profissionais que entendem o que está sendo contratado e que, preferencialmente, tenham participado de todo o processo de terceirização.
  6. Plano de implementação. É a fase do fitting, dos ajustes. É quando estabelecemos todas as interfaces, incluindo relatórios dos sistemas de informação, ambientação da equipe operacional e adequação dos processos – aderência. Também se considera esta fase como preparação de infraestrutura, incluindo a apuração do desempenho operacional e modelo de acompanhamento dos indicadores (KPIs).
  7. Treinamento do pessoal. Está quase tudo pronto para a transferência das atividades ao 3PL. Mas, por falta de tempo e/ou comodidade, é frequente “matarmos” esta etapa. É quando repassamos os processos e treinamos o pessoal operacional envolvido. Também é o momento final das revisões das instruções de trabalho e ajustes finais.
  8. Programa de melhoria. Com a operação implementada, passamos para a fase da melhoria contínua. É quando o 3PL tem sua experiência explorada na otimização e potencilização dos processos, níveis de serviço e, consequentemente, ganhos de produtividade. Aqui é onde temos o maior benefício com a continuidade do contrato de prestação de serviços.
Imagem: Yuri_Arcurs_CANVA

O maior impulsionador da terceirização das atividades logísticas é o foco na redução de custos. A experiência indica ganhos de produtividade entre 7% e 8%.

“Do ponto de vista operacional, espera-se abertura, transparência, relacionamento harmonioso, com sincronização das atividades e flexibilidade no atendimento das necessidades dos clientes, colaboração, melhoria nos níveis de serviços, ideias para um serviço de qualidade onde todas as partes possam lucrar, satisfazer seus clientes e manter um relacionamento profissional profícuo e duradouro”, finaliza Edson Carillo. – Fonte e outras informações, acesse: (https://www.adcompress.com.br/).