A intenção de compra dos consumidores da cidade de São Paulo para o quarto trimestre deste ano apresentou recuperação na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com pesquisa realizada pelo Ibevar e o Provar/Fia. A pesquisa aponta que 37% dos paulistanos expressa interesse em comprar bens duráveis nos três meses finais deste ano, uma melhora de 2,6 pontos porcentuais ante o mesmo trimestre de 2015.
Apesar da melhora, o indicador segue bastante abaixo do padrão histórico para períodos de fim de ano. Historicamente, a intenção de compra manteve patamares superiores a 40% para quartos trimestres no período entre 2007 e 2014, tendo chegado ao recorde de 78% em 2011. A pesquisa detecta ainda que, apesar de mais pessoas quererem comprar, os valores que os consumidores esperam gastar são menores do que em anos anteriores.
Em média, aqueles que esperam fazer alguma compra de bens duráveis afirmam que podem gastar R$ 2,029 mil, um valor que, ajustado para o efeito da inflação, é o mais baixo para um quarto trimestre desde 2010. Em 2015, o valor médio esperado de gasto era R$ 2,146 mil.
O segmento cuja intenção de compra é mais elevada é o de vestuário e calçados, com 20,8% de interesse por parte dos consumidores. Apesar disso, essa intenção é 3,4 pontos porcentuais (pp) menor do que no ano passado. A linha branca vem em segundo lugar, com 7,6% de intenção de compra, alta de 2,4 pontos ante 2015.
Alguma melhora na intenção de compra também é verificada entre consumidores da internet. No e-commerce, segundo a pesquisa que usou dados da empresa especializada Ebit, 84,9% dos clientes afirmam que poderiam fazer uma nova compra neste segundo trimestre, 2,4 pp a mais do que no mesmo período de 2015.
A pesquisa aponta ainda que houve uma melhora na disponibilidade de renda das famílias na comparação com o ano passado. Enquanto no quarto trimestre de 2015, as pessoas reportavam que apenas 6,5% de seu orçamento estava disponível para gastos discricionários, este ano o porcentual é de 8,3%. Ainda assim, gastos com itens essenciais como educação, pagamento de despesas já feitas antes via crediário, alimentação e habitação continuam consumindo a maior parte do orçamento familiar (AE).
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