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Indicadores confirmam estabilidade e recuperação econômica, diz Goldfajn

em Manchete Principal
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

O presidente do Banco Central, disse que os últimos indicadores confirmam estabilização do cenário e abertura de um caminho para a recuperação econômica do país. “Após dois anos de recessão, os dados recentes parecem confirmar o cenário base que trabalhamos aqui no Banco Central: estabilizou, a recessão ficou para trás e há perspectivas de uma recuperação gradual ao longo dos próximos meses”, disse, ao discursar em seminário sobre estabilidade financeira, promovido pela instituição.
Goldfajn destacou, entre os bons resultados, o crescimento da população ocupada por quatro meses consecutivos. No final de julho, a Pnad indicou a primeira queda significativa do desemprego desde 2014, com uma redução de 0,7% no percentual da população economicamente ativa sem trabalho. Segundo o levantamento do IBGE, a taxa de desemprego atualmente está em 13%.
“Com a produção industrial é a mesma coisa”, acrescentou o presidente do BC, ao mencionar indicadores que tem mostrado sinais consistentes de melhora. “Tivemos dois trimestres consecutivos de crescimento, o que não ocorria desde 2014”, enfatizou. Ele também acredita que os juros ao consumidor devem continuar a cair nos próximos meses, acompanhando os cortes feitos na Selic. “É claro que está caindo de uma forma gradual, e eu acho que isso vai continuar ao longo dos próximos meses. Há uma defasagem natural entre a queda da taxa básica e a queda das taxas bancárias”, ressaltou.
Goldfajn fez uma defesa da proposta do governo federal de criar uma nova taxa para os empréstimos concedidos pelo BNDES. A ideia é aproximar os juros do banco, que são subsidiados, aos valores de mercado, diminuindo os aportes do Tesouro Nacional para custear os financiamentos da instituição.
Para ele, a mudança aumentaria a força das ações da autoridade monetária para estabilizar a economia e contra a inflação, permitindo que os juros cobrados de forma geral sejam mais baixos. “Sob o ponto de vista da política fiscal, torna mais transparente o subsídio. O que é implícito se torna explícito”, afirmou (ABr).